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Polícia investiga ligação de organizada com depredação

VIOLÊNCIA
Câmeras de segurança serão usadas para tentar identificar os homens que atacaram o restaurante de vice-presidente palmeirense

Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Restaurante Frevo, que pertence a Frizzo, depredada depois da derrota do Palmeiras para o Corinthians, anteontem
Restaurante Frevo, que pertence a Frizzo, depredada depois da derrota do Palmeiras para o Corinthians, anteontem

DE SÃO PAULO

A delegada Victoria Lobo Guimarães, da 78ª DP, ouviu ontem testemunhas que presenciaram o ataque de anteontem ao restaurante Frevo, que pertence a Roberto Frizzo. Ainda não há suspeitos identificados, e a polícia investiga ligação com torcidas organizadas do Palmeiras.

Entre seis e oito homens invadiram o estabelecimento, na rua Oscar Freire, zona oeste da capital, por volta das 20h de domingo e quebraram vidros, cadeiras, parte do

jardim e móveis. Alimentos que eram preparados no momento foram arremessados contra as paredes.

Frizzo e o presidente Arnaldo Tirone estavam no local, mas não foram localizados pelos homens e conseguiram sair pelos fundos. Alguns dos agressores estavam com a camisa do Palmeiras. Não houve relato de feridos.

A polícia já solicitou imagens de câmeras da rua e do próprio Frevo. Três carros e três motos constam no boletim de ocorrência como usados na fuga dos vândalos.

O boletim foi feito pelo gerente do restaurante. Não há valor de prejuízo do estabelecimento, que estava cheio no momento do incidente.

Os agressores entraram e avisaram que não machucariam ninguém e que "apenas" pretendiam quebrar o restaurante do vice palmeirense.

TRADIÇÃO

Geraldo Modesto de Abreu (1922-2007), pai de Frizzo, abriu o Frevo em 1956, na rua Oscar Freire, nos Jardins. Além da matriz, há uma unidade na rua Augusta, de 1957, e outra no shopping Iguatemi, de 1992.

No ano passado, houve a possibilidade de a matriz ser vendida, o que não ocorreu.

Apesar do nome, a casa não foca a culinária pernambucana ou algo do tipo. É no ambiente, simples e familiar, que dá para entender o quê de brasilidade que paira ali.

Hoje, como um dos muitos clássicos gastronômicos da cidade e, entre eles, um dos poucos com tamanha longevidade, o restaurante deve sua fama aos beirutes, embora também ofereça pratos de massa e de carne.

São receitas como essas que atraem famílias que há gerações passam por ali e executivos que almoçam e pedem chope na happy hour.

O Frevo terá sua história contada num livro.

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