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Numerada na TV

Minuto de silêncio? Aqui no Brasil deveria ser minuto de espera

SANDRO MACEDO
DO SOFÁ

Todos os jogos da Série A do Brasileiro tiveram um minuto de silêncio, uma homenagem póstuma à apresentadora Hebe Camargo, principal diva da televisão no país.

Em Curitiba, o São Paulo, time pelo qual Hebe torcia, levou até faixa ao gramado prestando seus pêsames.

Nos jogos da TV, não teve silêncio, nem em Curitiba nem em Porto Alegre, palco de Grêmio x Santos. A torcida da casa apenas gritava "Grêmiôôô, Grêmiôôô".

Talvez, no futebol brasileiro, o minuto de silêncio devesse ter outro nome. Poderia ser chamado de "minuto de espera". Isso porque dificilmente uma torcida consegue ficar quieta nos inesgotáveis 60 segundos.

Às vezes, nem os jogadores ajudam. Alguns ficam cochichando. Aparentemente, têm uma grande ideia de saída de bola que resolvem colocar em prática naquele momento.

Para completar, comentaristas e narradores também não conseguem ficar quietinhos no tal minuto.

No dia da morte de Ayrton Senna, maior ídolo do esporte brasileiro à época, as torcidas faziam coro com o nome do piloto. Foi emocionante.

Mas tocante mesmo são os minutos de silêncio no futebol inglês, terra que mais presta homenagem no mundo, dado a quantidade de tragédias que infelizmente já aconteceram no país.

Porém, por lá, o silêncio é respeitado à risca. A turma da ESPN, um dos canais que transmite os jogos da Premier League, costuma colaborar.

E a ausência de som é mais tocante que qualquer comentário. Foi assim num recente Liverpool x Manchester United. Será que um dia vai ser assim por aqui?

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