Fifa

Para Blatter, Rússia inova ao organizar o Mundial

O anúncio das 11 cidades que receberão as partidas da Copa de 2018 se transformou em exaltação da preparação dos russos e teve críticas do presidente da Fifa, Joseph Blatter, à organização de outros Mundiais, incluindo o brasileiro de 2014.

"Estamos um ano à frente do nosso cronograma [da Copa na Rússia]. Esta é uma nova abordagem de organização de Copas", disse Blatter.

O dirigente apontou dois fatores para o sucesso na

preparação do Mundial de 2018: o apoio irrestrito do governo e a presença de profissionais no comando do Comitê Organizador Local.

O COL russo tem como chefes o ministro do Esporte, Vitaly Mutko, e um gerente, Alexey Sorokin. No Brasil, o COL é gerido pelo presidente da CBF, José Maria Marin, que acumula os cargos herdados de Ricardo Teixeira.

"O total apoio do governo e do presidente do país [Vladimir Putin] é um marco para a organização de uma Copa do Mundo", disse Blatter.

A Fifa e o governo Dilma Rousseff tiveram divergências, como a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios -a Fifa terá que negociar com cada um dos Estados- e a adoção de descontos em ingressos para estudantes e aposentados, como prevê a legislação brasileira.

A Fifa acatará pela segunda vez na história a meia-entrada. A única vez em que isso havia acontecido fora justamente no Brasil, em 1950.

"Quando os brasileiros perceberam que fariam a Copa, eles disseram que estariam prontos. Houve algumas questões pessoais que foram resolvidas", disse Blatter.

As questões pessoais foram a saída de Teixeira, que deixou o COL acusado de ter recebido propina de uma empresa parceira da Fifa nos anos 90. Houve também a entrada do governo federal na direção do COL -Luís Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte.