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Alex diz querer jogar mais duas temporadas

MERCADO
Meia se despede da torcida do Fenerbahce e lamenta ter feito mau uso de rede social

DE SÃO PAULO

O meia Alex, 35, desejado por ao menos três clubes no Brasil, disse ontem que jogará mais dois anos antes de se aposentar. Ele concedeu uma entrevista em Istambul, na Turquia, onde se despediu dos torcedores do Fenerbahce, clube que defendeu por oito anos e do qual foi dispensado na semana passada.

"Todo mundo me pressiona para que eu deixe o futebol, mas quero assinar com algum outro clube por dois anos. Jogarei mais dois anos e depois vou me aposentar."

Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba, clubes que o atleta defendeu no Brasil, já demonstraram publicamente interesse em contratá-lo para 2013. Até o dia 20, quando falará com jornalistas brasileiros, Alex pretende descansar.

O jogador rescindiu o contrato com o Fenerbahce porque o treinador Aykut Kocaman afirmou que a força do camisa 10 dentro do elenco tirava sua autoridade.

Alex admitiu que declarações que fez por meio de redes sociais prejudicaram sua relação com Kocaman.

"Cometi alguns erros, eu admito. O maior deles foi ferir o time algumas vezes. Usei mal o Twitter. Mandei algumas mensagens e SMS para pessoas que seria melhor não ter enviado. O que eu disse não era errado, mas teria sido melhor ficar quieto", disse o jogador, que fez 136 gols pelo Fenerbahce no Campeonato Turco e estava a quatro de igualar o maior artilheiro do time na competição, justamente Kocaman. A imprensa turca chegou a cogitar esse recorde como um dos motivos para a dispensa.

O brasileiro contou ter chorado muito nos últimos dias por causa da rescisão e também depois de ver a demonstração de carinho dos torcedores turcos, que fizeram até vigília em frente à sua casa.

Sobre Kocaman, Alex disse que, ao assumir o comando, ele prometeu mudanças no time, mas não as fez. Irritava o brasileiro o fato de o técnico não comemorar gols.

Chamado algumas vezes de mercenário, Alex contou que sempre brigou por premiações maiores, mas para todos os jogadores.

"No clube, sempre ouvi que gostava muito de dinheiro, que brigava por isso, e isso não é verdade. Eu era capitão e brigava, não por mim, brigava pelo funcionário."

A relação com o presidente do clube, Aziz Yildirimm, também ficou estremecida.

"Ora era espetacular e, depois, muito ruim [a relação]. Mas sempre resolvemos as coisas cara a cara, falando qual era o problema, nunca ninguém mandou recado."

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