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Contratos assinados emperram investigação na escolha de sedes

2018 e 2022
Fifa afirma que não há ação interna sobre compra de votos

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

Os contratos comerciais já definidos por Rússia e Qatar para organizarem as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, fazem com que a possibilidade de esses países perderem o direito de ser sede seja praticamente nula.

A Fifa informou à Folha que não formalizou ação para avaliar a possível compra de votos na escolha dos países e que isso só acontecerá se a câmara de investigação do Comitê de Ética encontrar indício de corrupção, o que não ocorreu até agora.

Isso vai contra a recomendação de Mark Pieth, consultor contratado pela Fifa para indicar reformas éticas. No seu relatório, ele sugere que é preciso entrevistar quem participou das votações para esclarecer a situação.

À Fifa não interessam mudanças. Ela tem acordos comerciais atrelados às sedes dos Mundiais. Em 2011, três empresas renovaram o patrocínio máster da federação até 2022, já com planos para as Copas da Rússia e do Qatar.

A cervejaria AB InBev trabalha para ter a marca Budweiser exibida nas arenas russas -é preciso alteração na lei, como no Brasil- e principalmente no Qatar, onde o consumo de álcool é proibido. Coca-Cola e Hyundai-Kia também planejam ações.

O governo russo já iniciou obra em cinco dos 12 estádios previstos. Há também negociação para que empresas estatais que patrocinarão a Olimpíada de Inverno de 2014, em Sochi, como a aérea Aeroflot, invistam na Copa.

O Qatar já fechou contrato milionário com a empresa de consultoria norte-americana CH2M Hill, que fará o gerenciamento do projeto de construção das 12 arenas.

A construção de um novo aeroporto de Doha, prevista inicialmente para 2015, teve investimento triplicado, e a finalização da obra ficou para meados de 2013.

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