Série A

Líder peca na defesa e tem ataque que chuta pouco

O Fluminense põe em campo outra vez hoje seu futebol de extremos. Às 21h, recebe o Coritiba no Engenhão para ampliar sua liderança.

Se ganhar, vai a 72 pontos e abre nove para o Atlético-MG, que enfrenta o Flamengo no sábado, pelo Nacional.

Tamanha vantagem foi obtida com boa dose de sofrimento e com grandes atuações de seu goleiro e seu centroavante. O time de Abel

Braga tem, por exemplo, a melhor defesa do Nacional, com só 24 gols sofridos em 32 partidas disputadas.

Ao mesmo tempo, é o terceiro time que mais permite finalizações a seus adversários -13,9 por jogo, de acordo com o Datafolha, menos apenas do que os lanternas Atlético-GO e Figueirense.

O Fluminense também deixa a desejar no combate. É só o quinto time que mais desarma e o sexto em número de faltas cometidas. O líder do campeonato recupera 108 bolas por jogo, contra 129 do Corinthians, líder no quesito.

Na última rodada, o Flu permitiu ao Atlético-MG finalizar 27 vezes, situação que exigiu outra ótima atuação do goleiro Diego Cavalieri.

Mano Menezes, técnico da seleção, já admitiu que está perto de dar a primeira chance ao jogador. O camisa 12 é o que mais faz defesas por jogo entre os que atuam regularmente no Brasileiro.

Enquanto na defesa o time sofre, mas se garante, no ataque o que desequilibra é a eficiência, a letalidade.

Há 13 times que finalizam mais que o Fluminense, mas só um deles anotou mais gols nas 32 rodadas até aqui.

O vice-líder Atlético-MG fez 54 gols, apenas um a mais do que o Fluminense.

A síntese da eficiência é Fred. Artilheiro do Brasileiro com 16 gols, não aparece nem entre os 20 jogadores que mais arriscam a gol. A exemplo do goleiro, o camisa 9 está nos planos de Mano.

Além de Cavalieri e Fred, o Fluminense tem um time que não se apavora: é o que menos perde bolas no torneio.

A seis rodadas do fim do Nacional, o clube das Laranjeiras tem seis pontos de vantagem para o vice-líder.

Na era dos pontos corridos, apenas em 2009 uma vantagem assim foi recuperada, quando o então líder Palmeiras se deixou ultrapassar pelo Flamengo, que na ocasião estava em sexto lugar.