Numerada na TV

O tal do recurso televisivo poderia ajudar em várias coisas... até no gol

O recurso televisivo é permitido, aliás imprescindível, para a realização desta coluna. E de tantas outras mundo a fora. Mas, para auxiliar a arbitragem, ainda não. A não ser que o jogo em questão seja de rúgbi, tênis, basquete, judô, vôlei ou futebol, o americano. O bretão, não.

Mas, em Inter x Palmeiras, sábado, o sr. Delegado perguntou a uma moça da TV, da Band, parece, se o gol de Barcos foi legal. Com a informação correta (ilegal), mandou, quer dizer, pediu gentilmente para o quarto árbitro avisar ao juiz, que voltou atrás do gol que tinha validado.

Sugestão para acabar com a polêmica: todo técnico poderia a partir de hoje levar ao jogo uma TV pequenininha, dessas de 4 polegadas, para assistir ao jogo de seu time.

Durante a partida, dá para ajudar o juizão em vários aspectos: "Estava impedido, seu juiz. Não sou eu quem está dizendo, é a Globo"; ou "Neto mandou dizer que o senhor cometeu um baaiiiita erro e deveria ser preso. Eu até discordo, mas ele disse".

Pode ser inclusive uma boa saída para treinadores que são invariavelmente expulsos porque "falam muiiito". Agora, eles nunca mais reclamariam dos árbitros ou bandeirinhas, apenas repassariam recados do coração das equipes de transmissão. Com a TV a tiracolo, os treinadores poderiam ainda ser úteis na preservação do espetáculo.

Por exemplo, "O microfone atrás do gol está muito alto pessoal, vamos xingar com moderação"; ou para o atacante: "Ei, para de cuspir catarro depois do chute. A TV sempre te foca nessa hora. Pega mal". Curioso que, quando a bola entra, ninguém comemora o gol cuspindo.