Bellucci tenta redenção na '2ª divisão'

Das últimas sete vezes que disputou um torneio da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), Thomaz Bellucci foi eliminado na estreia.
Hoje, em São Paulo, o 37º do ranking não corre esse risco. O brasileiro enfrenta, não antes das 21h, o americano Bobby Reynolds (121º) nas Finais do Challenger Tour.
O evento, que reúne os melhores da temporada em Challengers (torneios de segundo escalão) e um convidado, não é disputado em mata-mata. Os tenistas são divididos em dois grupos de quatro, e os dois primeiros de cada grupo vão às semifinais.
"É um torneio diferente, em que mesmo perdendo [um jogo] você tem chance de ser campeão", afirmou Bellucci, o convidado da organização.
Além disso, diferentemente de seus últimos torneios, nos quais era um coadjuvante, no Ibirapuera, o brasileiro é o astro principal.
Segundo mais bem ranqueado no torneio, o português Rui Machado está 35 postos atrás de Bellucci, que evita o papel de favorito.
"Eles [os adversários] vêm vencendo bastante, por isso estão aqui", afirmou o brasileiro, que, sem contar a Davis, não vence desde agosto.
Bellucci também citou o fato de a maioria de seus concorrentes ser especialista em quadra rápida, tipo de superfície que ele mesmo reconhece como seu ponto fraco.
"Preciso melhorar o meu nível na quadra rápida para entrar no top 20", afirmou ele, que tinha essa como meta para 2011, mas falhou ao lado do técnico Larri Passos.
A parceria, formada sob grande expectativa, durou apenas uma temporada e acabou de comum acordo.
"A maior razão [do rompimento] foi pela falta de resultados", afirmou Bellucci, 23. "O primeiro semestre não foi ruim, mas o segundo acabou caindo muito", afirmou.
Bellucci disse não ter ideia de quem será seu treinador em 2012. "Devo definir em duas ou três semanas. Estou concentrado no torneio e depois tenho 15 dias de férias", declarou o paulista, que também deve contratar um novo preparador físico.
Sem títulos de primeira linha em 2011 (após um em 2009 e outro em 2010), Bellucci diz não se ver em um nível muito distante do top 15.