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Empate não vale para o Flu no Brasileiro-11

SÉRIE A
Postulante ao título nacional, time carioca está prestes a bater recorde de jogos sem igualdade

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Quando o Fluminense entra em campo, é praticamente certo que a partida terminará com um time vencedor.
O clube carioca é o que menos empata neste Brasileiro. E está prestes a se tornar também o com menor número de igualdades em uma edição do torneio na era pontos corridos, que começou em 2003.
O Flu só deixou o gramado com um ponto a mais na conta em 2 das 35 rodadas disputadas (5,7% do total): contra Vasco e Atlético-PR.
Até então, o melhor sinônimo da filosofia antiempate na Série A era o Cruzeiro de 2008, que teve esse resultado com quase o dobro da frequência: 10,5%, ou 4 dos 38 jogos que disputou.
No Brasileiro deste ano, ninguém mais pode tirar o clube das Laranjeiras da última posição no ranking dos empates, mesmo que as três partidas que lhe faltam terminem com placar igualado.
E é justamente a política do "tudo ou nada" que consegue explicar como um time que perdeu 40% de suas partidas no campeonato e que sofreu 13 gols a mais do que o líder e dez do que o segundo colocado ainda mira o título.
A equipe comandada por Abel Braga está em terceiro no Brasileiro, cinco pontos atrás do Corinthians. E divide o recorde de vitórias com o líder: 19 para cada um.
Seu ataque raramente passa em branco, o que só aconteceu uma vez em 11 jogos. E, como a defesa tem desempenho pífio (foi vazada nas últimas 12 partidas), suas apresentações se tornaram as mais movimentadas do país.
Três dos jogos do Flu na Série A terminaram com o pouco comum placar de 3 a 2. E o último, anteontem, contra o Grêmio, no Engenhão, com um ainda mais raro 5 a 4.
A vitória eletrizante teve falha do goleiro Diego Cavalieri, três vezes o adversário em vantagem, duas viradas em seis minutos e quatro gols de Fred, novo vice-artilheiro do campeonato, com 17 tentos.
"Perdi as contas. No fim, perguntei ao Cristiano Nunes, nosso preparador físico, se o jogo tinha sido 4 a 3 ou 5 a 4. Foi demais", afirmou Abel.
Apesar da empolgação com a vitória, o técnico alertou que o estilo aberto de jogo praticado pelo Flu é arriscado demais e lhe incomoda, apesar da boa campanha.
"A facilidade que temos de sofrer gols é preocupante. Não existe um órgão dentro de mim que não esteja revirado. Nunca vi uma equipe fazer tanta coisa boa e tanta coisa ruim ao mesmo tempo", completou o treinador.

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