São Paulo, terça-feira, 01 de fevereiro de 2011

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Inglaterra tem recorde de gastos

MERCADO
Reforços, como Torres, movimentam mais de R$ 600 mi


RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Após dois anos e meio de quedas sucessivas dos investimentos em reforços, a Inglaterra mostrou em janeiro que ainda possui a liga nacional mais rica do mundo.
Os 20 clubes da primeira divisão puseram fim à tendência negativa e quebraram o recorde de gastos na janela de transferências de inverno.
São mais de € 266 milhões (R$ 607 milhões) nos negócios anunciados até a noite de ontem, quando o período de transações se esgotou.
O recorde anterior era de € 245 milhões (R$ 561 milhões), estabelecido em 2007/08, pré-crise mundial. Na temporada passada, o mercado de começo de ano fez girar € 45 milhões (cerca de R$ 103 milhões).
Bancados por magnatas, os clubes ingleses ignoraram os alertas financeiros e desembolsaram altas quantias.
No dia em que anunciou a perda de € 82,5 milhões (R$ 189 milhões) na temporada passada e em que considerou o balanço positivo, o Chelsea acertou a contratação mais cara da história inglesa. Por € 58 milhões (R$ 133 milhões), fechou com Fernando Torres, 26.
Torcedores do Liverpool, o antigo time do atacante espanhol, foram às ruas protestar contra a saída e chegaram a queimar camisas do jogador.
Torres assinou por cinco anos e meio e terá a companhia do zagueiro David Luiz no clube do bilionário russo Roman Abramovich.
O atleta brasileiro foi adquirido por € 25 milhões (R$ 57 milhões). O Benfica irá receber o sérvio Nemanja Matic como parte da transferência.
O Liverpool, que quase faliu e trocou de dono há cerca de três meses, supriu a saída de Torres gastando quase € 68 milhões (R$ 155,7 milhões) com os atacantes Andy Carroll e Luis Suárez.
Curiosamente, o Manchester City, protagonista nos últimos anos, teve uma atuação menos agressiva desta vez. O clube limitou-se a obter um reforço, o atacante bósnio Edin Dzeko, tirado do Wolfsburg por quase € 38 milhões (R$ 87 milhões).

OUTRAS LIGAS
O crescimento do mercado de inverno atingiu outras ligas europeias. As quatro maiores aumentaram gastos.
Na Alemanha, onde os principais clubes do país anunciaram um deficit de € 77,8 milhões (R$ 178 milhões) na última temporada, a janela movimentou € 57,5 milhões (R$ 131,6 milhões), contra € 17,5 milhões (R$ 40 milhões) do ano passado.
Na Itália, o custo subiu de € 60 milhões (R$ 137,4 milhões) para € 101 milhões (R$ 231,3 milhões). Na Espanha, o gasto foi de € 34 milhões (R$ 77,8 milhões), praticamente o triplo do de 2010.
Os € 458 milhões (R$ 1,04 bilhão) desembolsados pelas quatro ligas bancariam, com sobras, a reforma do Maracanã para a Copa-2014, orçada até aqui em R$ 730 milhões.


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