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TÊNIS
Com premiação três vezes maior, chave masculina do torneio mexicano conta com mais estrelas do que a feminina
Homens ofuscam mulheres em Acapulco
DA REPORTAGEM LOCAL
O Torneio de Acapulco é o único na América Latina que abriga
de maneira simultânea disputas
de chaves masculina e feminina.
O desnível de status proporcionado pela ATP (organização que
comanda o setor profissional
masculino) e pela WTA (similar
feminino), porém, faz com que a
chave masculina seja muito mais
cintilante do que a feminina.
O torneio mexicano ocupa na
ATP a condição de "gold". Somente 9 dos 54 ATP International
Series ostentam esse status.
Os International Series são torneios de primeira linha da ATP
que não fazem parte do Grand
Slam e do Masters Series (que englobam as disputas mais importantes para os homens).
O valor da premiação masculina é de US$ 690 mil.
Já para as mulheres, o torneio
mexicano é apenas um da Série 3.
A WTA divide seus eventos em
cinco séries, cuja premiação vai
diminuindo conforme sua numeração vai aumentando.
Em Acapulco, a entidade distribui US$ 200 mil às jogadoras.
Por isso, enquanto a chave masculina apresentou dois top ten (o
espanhol Carlos Moyá, quarto, e
argentino David Nalbandian, nono), a feminina teve como primeira cabeça-de-chave a russa Elena
Dementieva, a 18ª do mundo.
Entre os homens aparecem ainda três ex-líderes do ranking: Moyá, Gustavo Kuerten, que ontem
enfrentaria o argentino Mariano
Zabaleta pelas semifinais, e o chileno Marcelo Ríos. A sul-africana
Amanda Coetzer, entre as inscritas em Acapulco, foi quem foi
mais longe no ranking da WTA:
terceiro lugar em 1997.
A superioridade masculina no
torneio mexicano não se limita
aos atletas do primeiro escalão.
A parte intermediária da chave
dos homens apresenta mais consistência do que a feminina.
Entre os competidores masculinos havia 11 que figuram entre os
top 50. As mulheres que desfrutam dessa condição eram apenas
cinco em Acapulco.
O Torneio da Costa do Sauípe,
disputado por homens e mulheres nas duas últimas temporadas,
viveu situação oposta à do torneio
mexicano no ano passado.
Com premiações semelhantes,
US$ 600 mil para o masculino e
US$ 650 mil para o feminino, o
torneio baiano contou com mais
estrelas entre as mulheres.
Isso é normal já que o circuito
masculino é mais generoso do
que o feminino. Na temporada
passada, os top ten da ATP amealharam em média US$ 2.105.217,
enquanto as dez melhores jogadoras da WTA terminaram 2002
com uma média de US$ 1.744.968.
A chave feminina do Torneio da
Costa do Sauípe contava com
duas top ten (a iugoslava Jelena
Dokic, quarta, e a americana Monica Seles, quinta), enquanto a
masculina teve como o tenista
mais bem colocado o holandês
Sjen Schalken (17º).
A WTA tirou o torneio baiano
de seu calendário de 2003.
Veja o resultado de Gustavo Kuerten x Mariano Zabaleta na
www.folha.com.br
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