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Palmeiras perde, de novo, na chuva e vê G4 distante
Time joga mal outra vez em campo molhado, é derrotado pelo Rio Claro e complica sua classificação no Estadual
Rio Claro 1
Palmeiras 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando as nuvens começam
a ficar carregadas em dia de jogo, os torcedores palmeirenses
podem ficar preocupados. E o
tempo instável tem sido frequente em momentos cruciais
da temporada alviverde.
Pela terceira vez neste Paulista, o time do Parque Antarctica não soube jogar sob chuva.
Resultado: perdeu do Rio Claro
e ficou distante de uma classificação à semifinal do Estadual.
Na oitava posição, a equipe
soma só 16 pontos, quatro a
menos que o quarto colocado, o
São Paulo, último que chegaria
à próxima fase hoje.
"A diretoria sabia, torcedores
e jogadores sabiam que seria difícil chegar ao G4. Mas difícil
não é impossível", disse o técnico palmeirense Antônio Carlos.
A derrota fez parte, mais uma
vez, da saga palmeirense embaixo d'água. Já empatara com
a Portuguesa em casa sob temporal na capital -faltou até luz
no Parque Antarctica. E sofrera
uma goleada do São Caetano
também em noite de chuva
-Muricy Ramalho caiu depois.
De novo, os problemas começaram antes do jogo com vestiários alagados por goteiras.
Em campo, a chuva não cessava e as poças se tornaram evidentes no gramado. O técnico
palmeirense, Antônio Carlos,
até tentou mostrar otimismo
com o campo: entendia que a
bola iria rolar bem. Não foi o
que se viu nos 90 minutos.
Escorregões, trombadas e
bolas paradas pela água eram
elementos constantes no jogo.
Os dois times eram afetados,
mas o Rio Claro se adaptou melhor às condições da partida.
Tanto que o Palmeiras até
mostrou maior volume de jogo
no início, mas insistia em dribles e passes rasteiros impossíveis com a água. Era a tentativa
de imprimir jogo de qualidade,
pregada por Antônio Carlos.
Mas fato é que o Palmeiras só
ameaçou de verdade quando
tentou pelo alto, em cabeçada
perigosa de Robert. Ou em chute de longe de Souza na trave.
O Rio Claro apostava em seu
forte atacante Osni, que ganhava jogadas pelo alto e no corpo.
Ele abriu o placar após falha
de Souza. Aos 34min, o volante
tentou dar um bote de forma
equivocada e deixou Osni tomar à frente. Em vantagem,
chutou rasteiro no canto.
Ao final do primeiro tempo, o
Palmeiras parecia convencido
de que não dava para jogar com
tabelas rasteiras. "Tem que jogar mais pelo alto. Não dá para
ver as poças que param a bola",
diagnosticou Marcos. Resignado, Antônio Carlos disse que
apostaria no jogo pelo alto.
Só que não havia organização
nos lançamentos para a área,
nem um atacante forte para
completá-las. E a defesa palmeirense continuou desatenta.
A ponto de permitir que o Rio
Claro levasse perigo ao seu gol
por duas vezes em um minuto.
Apesar do discurso no intervalo, o técnico palmeirense pôs
em campo Marquinhos e Ivo,
ambos baixos. Restaram bolas
altas desesperadas no final até
para subidas de Marcos. Em toda a partida, foram 41 cruzamentos palmeirenses, mas só
um quarto deles certos.
"Atrapalhou muito. Não tinha como jogar", disse Diego
Souza sobre a chuva.
Ao final, o Palmeiras, de novo, escorregou na água e na tabela. Agora, pega o Santo André, na quarta-feira, em casa.
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