São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Palmeiras perde, de novo, na chuva e vê G4 distante

Time joga mal outra vez em campo molhado, é derrotado pelo Rio Claro e complica sua classificação no Estadual

Rio Claro 1
Palmeiras 0


DA REPORTAGEM LOCAL

Quando as nuvens começam a ficar carregadas em dia de jogo, os torcedores palmeirenses podem ficar preocupados. E o tempo instável tem sido frequente em momentos cruciais da temporada alviverde.
Pela terceira vez neste Paulista, o time do Parque Antarctica não soube jogar sob chuva. Resultado: perdeu do Rio Claro e ficou distante de uma classificação à semifinal do Estadual.
Na oitava posição, a equipe soma só 16 pontos, quatro a menos que o quarto colocado, o São Paulo, último que chegaria à próxima fase hoje.
"A diretoria sabia, torcedores e jogadores sabiam que seria difícil chegar ao G4. Mas difícil não é impossível", disse o técnico palmeirense Antônio Carlos.
A derrota fez parte, mais uma vez, da saga palmeirense embaixo d'água. Já empatara com a Portuguesa em casa sob temporal na capital -faltou até luz no Parque Antarctica. E sofrera uma goleada do São Caetano também em noite de chuva -Muricy Ramalho caiu depois.
De novo, os problemas começaram antes do jogo com vestiários alagados por goteiras.
Em campo, a chuva não cessava e as poças se tornaram evidentes no gramado. O técnico palmeirense, Antônio Carlos, até tentou mostrar otimismo com o campo: entendia que a bola iria rolar bem. Não foi o que se viu nos 90 minutos.
Escorregões, trombadas e bolas paradas pela água eram elementos constantes no jogo. Os dois times eram afetados, mas o Rio Claro se adaptou melhor às condições da partida.
Tanto que o Palmeiras até mostrou maior volume de jogo no início, mas insistia em dribles e passes rasteiros impossíveis com a água. Era a tentativa de imprimir jogo de qualidade, pregada por Antônio Carlos.
Mas fato é que o Palmeiras só ameaçou de verdade quando tentou pelo alto, em cabeçada perigosa de Robert. Ou em chute de longe de Souza na trave.
O Rio Claro apostava em seu forte atacante Osni, que ganhava jogadas pelo alto e no corpo.
Ele abriu o placar após falha de Souza. Aos 34min, o volante tentou dar um bote de forma equivocada e deixou Osni tomar à frente. Em vantagem, chutou rasteiro no canto.
Ao final do primeiro tempo, o Palmeiras parecia convencido de que não dava para jogar com tabelas rasteiras. "Tem que jogar mais pelo alto. Não dá para ver as poças que param a bola", diagnosticou Marcos. Resignado, Antônio Carlos disse que apostaria no jogo pelo alto.
Só que não havia organização nos lançamentos para a área, nem um atacante forte para completá-las. E a defesa palmeirense continuou desatenta. A ponto de permitir que o Rio Claro levasse perigo ao seu gol por duas vezes em um minuto.
Apesar do discurso no intervalo, o técnico palmeirense pôs em campo Marquinhos e Ivo, ambos baixos. Restaram bolas altas desesperadas no final até para subidas de Marcos. Em toda a partida, foram 41 cruzamentos palmeirenses, mas só um quarto deles certos.
"Atrapalhou muito. Não tinha como jogar", disse Diego Souza sobre a chuva.
Ao final, o Palmeiras, de novo, escorregou na água e na tabela. Agora, pega o Santo André, na quarta-feira, em casa.


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