São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Orçamento pode inflar até 200%

DA REPORTAGEM LOCAL

Os Jogos acabaram ontem, mas a população canadense ainda não sabe oficialmente quanto teve que pagar para sediar o maior evento poliesportivo do mundo. Estima-se que a conta chegue a cerca de R$ 10,2 bilhões.
Apesar de esse valor corresponder a cerca de um quarto do gasto estimado para os Jogos do Rio-16, a organização de Vancouver teve de lidar com reiteradas críticas e até mesmo com manifestações locais contrárias aos Jogos -o orçamento original previa gastos de R$ 3,4 bilhões.
Na primeira vez em que abrigou um evento olímpico (Montréal-1976), o Canadá amargou um prejuízo de US$ 1,7 bilhão.
Com a escalada de gastos em Vancouver, a história de Montréal deve se repetir. As despesas com segurança, estimadas inicialmente em cerca de R$ 300 milhões, devem superar a marca de R$ 1,5 bilhão. A organização do Rio-2016 já planeja gastar R$ 2,5 bilhões nesse setor.
Em Vancouver, a Vila Olímpica é tida como principal responsável pela escalada de gastos. A cidade contraiu uma dívida de cerca de R$ 1,8 bilhão para resgatar a instalação, que seria inicialmente bancada pela iniciativa privada.
A estrutura de financiamento pelas empresas ruiu devido à crise de crédito de 2008 e ao estouro dos gastos. Com isso, os cofres públicos tiveram de arcar com o prejuízo.
Ainda assim, o Vanoc (Comitê Organizador de Vancouver) assegura que o resultado operacional do evento encerrado ontem não deve ser deficitário.
De acordo com Dave Cobb, vice-presidente do Vanoc, as receitas obtidas com ingressos e merchandising superaram as expectativas, ajudando a manter o orçamento na linha e compensando gastos relacionados aos problemas da falta de neve. (MB)


Com agências internacionais

Texto Anterior: Problemas marcam Jogos de Vancouver
Próximo Texto: Donos da casa vencem no quadro de medalhas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.