São Paulo, terça-feira, 01 de março de 2011

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Rogge teme apostas na Olimpíada

COI
Dirigente, interpol e ministros de quatro países debatem problema


DE SÃO PAULO

O presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Jacques Rogge, apelou para que os governos combatam as apostas ilegais no esporte, em declaração ontem, em Lausanne, na Suíça.
Segundo ele, a prática põe em xeque a credibilidade das competições esportivas.
"Precisamos do apoio de todos os governos, porque só eles têm poder judicial, podem expedir mandados de segurança, realizar escutas telefônicas, vistoriar bagagens. Nós, do COI, não podemos fazer isso", disse Rogge.
O dirigente se reúne hoje, em Lausanne, com chefes da Interpol (polícia internacional) e ministros de Reino Unido, Austrália, China e França para buscar alternativas contra as apostas ilegais.
Coincidentemente, esses países criaram uma legislação específica sobre apostas e são considerados influentes para que outras nações combatam a prática.
"Defendemos um sistema em que os operadores de apostas sejam licenciados pelo governo", disse Rogge.
As apostas ilegais e a corrupção no esporte envolvem dezenas de bilhões de dólares por ano. Os principais focos do problema são a Europa Oriental e a Ásia.
"Cedo ou tarde, isso pode ocorrer nos Jogos Olímpicos. Não podemos ser inocentes", disse o presidente do COI.
Rogge acrescentou que o Comitê Olímpico Internacional monitorou as apostas durante os Jogos de Pequim- -2008 e Vancouver-2010 e não encontrou suspeitas.
"Precisamos assumir o problema, como no doping. Todos os esportes são afetados, e nenhum está totalmente livre. Mas os esportes com maior público serão mais afetados [por apostas ilegais]. Isso é evidente", falou o cartola, que comanda o COI há 12 anos e disse que deixará o cargo em 2013.
As críticas de Rogge acontecem uma semana depois que a Wada (Agência Mundial Antidoping) sugeriu a criação de uma agência mundial contra corrupção, apostas e suborno no esporte.
A Uefa, por exemplo, possui um sistema de vigilância contra apostas. A entidade monitora quase 30 mil partidas de futebol por temporada no continente europeu.
Com as agências de notícias

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