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Teixeira ataca Morumbi em ato político
DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Doze dias após o secretário-geral da Fifa, Jérôme
Valcke, ter, enfim, feito elogios ao projeto do Morumbi
para a Copa do Mundo de
2014, o presidente da CBF e
do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira,
fez duras críticas ao estádio e
decretou que a arena não está apta a receber a abertura.
"Eles [a direção do São
Paulo] mandaram uma nova
proposta, que novamente
não se enquadra ao que a Fifa
exige. A impressão que dá é
que estão fazendo coisas paliativas", disse Teixeira, ressaltando que "o problema é
com o estádio, não com a cidade [de São Paulo]".
"Para a pretensão de abertura de Copa do Mundo, as
necessidades que a Fifa exige
são muito superiores àquelas
que estão sendo propostas",
complementou o dirigente,
ontem, em cerimônia na Câmara Municipal do Rio.
Nos bastidores, o ataque é
encarado como uma manobra política. A ideia seria minar o São Paulo, cujo presidente, Juvenal Juvêncio, será vice na chapa de Fábio
Koff, que tenta a reeleição do
Clube dos 13 contra Kléber
Leite, apoiado por Teixeira.
"Temos certeza de que o
Morumbi atenderá a todas as
exigências da Fifa. Temos até
3 de maio para entregar o
projeto com as alterações pedidas e estamos confiantes
pelo que nos foi dito em Zurique e nas visitas dos inspetores da Fifa [ao Morumbi] e
também pelas declarações
do senhor Jérôme Valcke",
minimizou Juvêncio.
Curiosamente, foi justamente Teixeira quem havia
apaziguado as relações entre
o comitê paulista e Valcke,
que reiteradamente criticava
o Morumbi. O presidente do
COL chegou a se reunir com
o governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), e com o
prefeito da capital paulista,
Gilberto Kassab (DEM).
"Pelo que recebemos, e pelo que o Ricardo Teixeira disse, ficou muito claro. Não
tem mais conflito entre a Fifa e o Brasil, entre a Fifa e o
São Paulo", disse Valcke no
dia 19. "Estou satisfeito com
o avanço do São Paulo em relação ao Morumbi."
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