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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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FUTEBOL

Contra o Vitória, destros da equipe paulista buscam consolidar nova fase em que têm colaborado mais para os gols

Direita corintiana joga para fazer nome

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Chega de ficar na sombra enquanto os companheiros canhotos recebem os afagos de torcedores e dirigentes. O lateral Rogério e o meia-atacante Leandro esperam consolidar hoje, na partida contra o Vitória, o novo status do setor direito do Corinthians.
A partir das 18h, no Pacaembu, eles tentam comprovar a qualidade do lado destro, que passou a ser mais eficiente do que o badalado setor esquerdo da equipe do técnico Geninho no ataque.
Dos 22 gols do Corinthians neste Brasileiro, nove (40,9%) aconteceram graças a lances pela direita, segundo o Datafolha.
A esquerda, geralmente citada pelos rivais como o ponto mais forte do time de Geninho, foi responsável por seis tentos (27,3%).
Dos laterais da equipe, Rogério é o que deu mais assistências Brasileiro-2003. Já fez três passes para gols, contra apenas um do canhoto Kléber, mais cotado para a seleção, que será convocada terça-feira por Carlos Alberto Parreira.
Rogério fez também três gols. Kléber balançou a rede uma vez.
O lateral-direito também faz mais cruzamentos que o seu colega da esquerda: 6,3 contra 3,9.
"Uma peça fundamental para a evolução do lado direito é um jogador que não aparece para torcida: o Leandro", disse Rogério.
Segundo o lateral, a mudança feita por Geninho, que pediu para Leandro jogar mais recuado, no meio-campo, o ajudou.
"Antes, eu não tinha ninguém que jogasse bem próximo de mim. Agora ele me ajuda a atacar e a marcar", explicou ele.
Entre os titulares, Leandro é o corintiano com melhor desempenho nas trocas de bola. Ele acerta 91,7% dos passes.
"Fui contratado pelo Corinthians para ser atacante, mas não estava jogando tão avançado como no Botafogo-SP. Jogar recuado tem sido bom para tabelar e dar mais uma opção de jogada ao time", afirmou o meia-atacante.
Ele disse não sentir falta do reconhecimento da torcida. "O importante é os companheiros e a comissão técnica saberem da minha importância."
Enquanto Rogério e Leandro comemoram o fato de serem mais úteis ao time, Kléber e Gil respiram mais aliviados. Os dois dizem estar menos sobrecarregados.
Porém Gil ainda é o que mais apanha, com uma média de 6,1 faltas recebidas por jogo, e o mais acionado, recebendo 39,6 passes.
"Mas agora os adversários têm de se preocupar também com a direita. Assim, a gente ganha espaço na esquerda", disse Kléber.


NA TV - Sportv, às 18h, ao vivo, só para o RJ


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