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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003

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Explode o número de empresários Fifa

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Início de 2001. Para fazer um pente-fino nos empresários credenciados por ela, a Fifa resolve mudar o estatuto da profissão.
Maio de 2003. Com menos exigências financeiras e facilidades no processo, o número dos chamados agentes Fifa explode.
Em pouco mais de dois anos, o que era para ser um funil na obtenção de uma licença para negociar jogadores pelo mundo acabou virando um convite.
Entre 1995, quando foi criada a figura do empresário credenciado pela entidade que controla o futebol mundial, e o final de 2000, 600 pessoas conseguiram a licença.
Já nos últimos 28 meses, com a nova legislação em vigor, quase 800 empresários conseguiram a autorização dada pela Fifa.
No Brasil, o inchaço foi ainda maior. Ao final de 2000, apenas 19 agentes tinham a licença. Hoje, o número passou para 52.
Alterada para tornar-se mais rigorosa, a regulamentação, na verdade, teve um efeito contrário.
Antes, o interessado tinha que passar por um teste na sede da Fifa, em Zurique. Agora, pode fazer isso na federação local.
Financeiramente também ficou mais fácil ganhar o diploma.
Até o final de 2000, o interessado precisava fazer um depósito de cerca de US$ 100 mil para a entidade, que servia como garantia em caso de uma negociação mal resolvida. Hoje, basta que o agente faça uma apólice de seguro.
Sem a necessidade de investimento grande, a figura do agente se democratizou. Em 1998, apenas 42 países tinham pelo menos um representante. Hoje, são 74.
Por aqui, as mudanças nas regras também beneficiaram a democratização da profissão.
No início, apenas figurões, como Reinaldo Pitta, que cuida dos negócios de Ronaldo, tinham o diploma dado pela Fifa na parede.
Agora, eles estão espalhados pelo país inteiro, e tratam também de negócios bem menos famosos.


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