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Fora da star, Torben fica distante da Olimpíada
Velejador agora decide vaga na final da America's Cup
ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Maior colecionador de medalhas olímpicas da história do
iatismo, o brasileiro Torben
Grael, 46, vive uma encruzilhada enquanto cresce sua relevância em provas como America's Cup e Volvo Ocean Race.
Ao mesmo tempo em que
brilha nas longas campanhas
das regatas oceânicas, Torben
vê ficar mais distante o desejo
de disputar a sétima Olimpíada, em Pequim-2008. Não sobra tempo para velejar de star,
embarcação que lhe deu quatro
pódios nos Jogos (o outro foi na
soling). A última vez que ele
participou de um torneio da
classe foi em outubro.
A partir de hoje, a bordo do
barco italiano Luna Rossa, o
atleta inicia a disputa do título
da Louis Vuitton Cup, eliminatória para a America's Cup. O
adversário é o Team New Zealand. O vencedor desafiará o
suíço Alinghi, atual campeão.
A falta de assiduidade nos
eventos da star fez Torben despencar no ranking mundial que
dominava. Na atual classificação, ele aparece na 95ª posição,
a 3.926 pontos de Robert
Scheidt, o segundo da lista.
Scheidt será, na seletiva brasileira para Pequim, a principal
ameaça a Torben, mas não a
única. Ao mesmo tempo em
que lutará pela única vaga nacional na Olimpíada, o iatista
estará envolvido com outra
competição de peso, a Volvo
Ocean Race. Ali, capitaneia o
barco brasileiro que, em 2006,
alcançou a terceira posição na
regata que singra oceanos do
globo durante vários meses.
Antes de encarar a longa jornada, o atleta ainda empresta
parte de seu tempo à equipe
brasileira, que depende de vultoso patrocínio para se lançar
ao mar em setembro de 2008,
dias após a Olimpíada chinesa.
Um eventual sucesso na
America's Cup também deixará
Torben longe da star. Se avançar com o Luna Rossa à decisão,
o velejador perderá o Mundial
de Portugal, no final de junho.
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