São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Interino sonha em empolgar na reestréia

DA REPORTAGEM LOCAL

O interino Márcio Fernandes já teve o gosto de estrear na Série A. Venceu, mas não pôde colher todos os louros.
Em seu currículo, o técnico dos juniores santistas só teve um jogo como profissional, diante do Juventude, em 2004, durante a transição dos comandantes Emerson Leão e Vanderlei Luxemburgo. Exerceu naquele dia tanto comando quanto a rainha da Inglaterra.
"O Luxemburgo assistia ao jogo na Vila e determinou três mudanças no time que antes era escalado pelo Leão", afirma Fernandes. Além dessa passagem velocíssima (o Santos ganhou por 2 a 1), treinou São Carlense e Jabaquara.
"A partir do momento em que me colocaram nessa situação, é porque acham que eu tenho condição, mas uma equipe como o Santos às vezes precisa de um grande nome", reconhece ele. "Esse jogo é para saber se, na prática, eu posso responder à confiança. Se eu não acreditar em mim, fica difícil."
Terá diante de si um clássico contra um gigante dos pontos corridos. O treinador Muricy Ramalho é o recordista absoluto da modalidade de campeonato instalada no Brasil em 2003. Foram 202 partidas e 360 pontos conquistados.
"É chover no molhado falar da qualidade do Muricy. Estou procurando fazer o meu trabalho. A equipe volta a jogar na Vila e pode voltar a ter um futebol surpreendente. Já impusemos goleadas por aqui", afirma Fernandes, demonstrando esperanças em meio ao impasse santista na escolha do sucessor de Leão, que se demitiu. Se empolgar e ninguém aparecer, acredita que pode ficar.
"Pode ser a chance da minha vida. E farei tudo para não deixá-la escapar", diz Fernandes.
No pouco que pode fazer, o interino já tentou impor uma marca, ao menos nos treinamentos. Com três times se revezando em campo, comandou um treino de defesa contra ataque e dois-toques, em que os pontos eram marcados com gols ou quando se cruzava a linha defendida pelo adversário.
Pelo que se viu, o estilo de Fernandes tende para o "paizão": gosta de conversar com os atletas em separado para tentar levantar o moral. (MDA E RM)


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