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Palmeiras joga para elevar nota de corte no Brasileiro
Com 44,4% de aproveitamento, time encara Atlético-PR e tenta se aproximar das melhores arrancadas de Luxemburgo
Técnico, que em dois títulos nacionais conseguiu largar com 100% em três rodadas, também já se saiu vitorioso com início inferior ao atual
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Conquistar quatro de nove
pontos disputados não era bem
o que o Palmeiras queria para o
início do Brasileiro-2008.
Mas, apesar da bronca que o
técnico Vanderlei Luxemburgo
deu no elenco após o empate (1
a 1) com a Portuguesa, na última rodada, o time sabe que esses 44,4% de aproveitamento
não são o fim do mundo.
Quando levou o Santos ao título, em 2004, o treinador
-que assumiu o time na sexta
rodada- começou pior, com
11,1%, e depois ficou com a taça.
O que o time espera a partir
de hoje, contra o Atlético-PR,
em casa, é subir sua nota de
corte e se aproximar das melhores arrancadas que seu comandante teve nas vezes em
que foi campeão nacional.
Sem contar o começo irregular no time da Vila Belmiro há
quatro anos, Luxemburgo faturou dois de seus cinco troféus
do Brasileiro com inícios arrasadores de campanha.
Tanto no Palmeiras de 1994
quanto no Corinthians de 1998,
suas equipes venceram as três
primeiras partidas do campeonato (100% dos pontos).
Em 1993, conduziu o clube
do Parque Antarctica a dois
empates e uma vitória (55,5%).
Dez anos depois, começou com
um empate e duas vitórias no
Cruzeiro (77,7%).
Neste ano, o que irritou Luxemburgo foi a diferença de
comprometimento de seus comandados em relação ao que
vinham jogando na reta final do
título do Paulista. Na última
terça-feira, na reapresentação
do elenco após o empate com a
Portuguesa, ele conversou reservadamente com o grupo.
"O que eu fiz foi chamar os jogadores para dizer que o Paulista acabou. Foi uma cobrança
forte, sabendo que o grupo tem
um caminho pela frente", disse.
Luxemburgo explicou que a
seriedade exigida não significa
apenas um futebol mais objetivo e sem jogadas de efeito.
"Não existe futebol sem firula. Mas precisa ser produtivo,
com eficiência"", afirmou.
Os jogadores dizem ter assimilado as ordens do treinador e
prometem reação imediata a
partir do confronto de hoje.
"Começamos o campeonato
com altos e baixos. O futebol
não está agradando ao nosso
técnico nem a nós mesmos.
Não tivemos, nesses três jogos,
a mesma regularidade do Paulista", admitiu o goleiro e capitão da equipe, Marcos.
Além do empate da última
rodada, a equipe venceu o Internacional por 2 a 1, em casa, e
estreou com derrota por 2 a 0
diante do Coritiba, fora.
"Sem desmerecer a Portuguesa, mas era um jogo com
possibilidade de vencermos.
Contra o Atlético-PR a gente
tem que fazer o dever de casa,
porque deixamos escapar pontos fora", disse o lateral Leandro, cujo empréstimo, que acaba no final de junho, deve ser
prorrogado até dezembro.
O Palmeiras irá a campo
cheio de desfalques. Além do
volante Pierre, suspenso, o
meia Valdivia, com dores nas
duas coxas, e o zagueiro David,
que sentiu o joelho direito ontem, estão fora. Martinez, Denílson e Maurício serão seus
substitutos.
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