São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Palmeiras joga para elevar nota de corte no Brasileiro

Com 44,4% de aproveitamento, time encara Atlético-PR e tenta se aproximar das melhores arrancadas de Luxemburgo

Técnico, que em dois títulos nacionais conseguiu largar com 100% em três rodadas, também já se saiu vitorioso com início inferior ao atual


RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Conquistar quatro de nove pontos disputados não era bem o que o Palmeiras queria para o início do Brasileiro-2008.
Mas, apesar da bronca que o técnico Vanderlei Luxemburgo deu no elenco após o empate (1 a 1) com a Portuguesa, na última rodada, o time sabe que esses 44,4% de aproveitamento não são o fim do mundo.
Quando levou o Santos ao título, em 2004, o treinador -que assumiu o time na sexta rodada- começou pior, com 11,1%, e depois ficou com a taça.
O que o time espera a partir de hoje, contra o Atlético-PR, em casa, é subir sua nota de corte e se aproximar das melhores arrancadas que seu comandante teve nas vezes em que foi campeão nacional.
Sem contar o começo irregular no time da Vila Belmiro há quatro anos, Luxemburgo faturou dois de seus cinco troféus do Brasileiro com inícios arrasadores de campanha.
Tanto no Palmeiras de 1994 quanto no Corinthians de 1998, suas equipes venceram as três primeiras partidas do campeonato (100% dos pontos).
Em 1993, conduziu o clube do Parque Antarctica a dois empates e uma vitória (55,5%). Dez anos depois, começou com um empate e duas vitórias no Cruzeiro (77,7%).
Neste ano, o que irritou Luxemburgo foi a diferença de comprometimento de seus comandados em relação ao que vinham jogando na reta final do título do Paulista. Na última terça-feira, na reapresentação do elenco após o empate com a Portuguesa, ele conversou reservadamente com o grupo.
"O que eu fiz foi chamar os jogadores para dizer que o Paulista acabou. Foi uma cobrança forte, sabendo que o grupo tem um caminho pela frente", disse.
Luxemburgo explicou que a seriedade exigida não significa apenas um futebol mais objetivo e sem jogadas de efeito.
"Não existe futebol sem firula. Mas precisa ser produtivo, com eficiência"", afirmou.
Os jogadores dizem ter assimilado as ordens do treinador e prometem reação imediata a partir do confronto de hoje.
"Começamos o campeonato com altos e baixos. O futebol não está agradando ao nosso técnico nem a nós mesmos. Não tivemos, nesses três jogos, a mesma regularidade do Paulista", admitiu o goleiro e capitão da equipe, Marcos.
Além do empate da última rodada, a equipe venceu o Internacional por 2 a 1, em casa, e estreou com derrota por 2 a 0 diante do Coritiba, fora.
"Sem desmerecer a Portuguesa, mas era um jogo com possibilidade de vencermos. Contra o Atlético-PR a gente tem que fazer o dever de casa, porque deixamos escapar pontos fora", disse o lateral Leandro, cujo empréstimo, que acaba no final de junho, deve ser prorrogado até dezembro.
O Palmeiras irá a campo cheio de desfalques. Além do volante Pierre, suspenso, o meia Valdivia, com dores nas duas coxas, e o zagueiro David, que sentiu o joelho direito ontem, estão fora. Martinez, Denílson e Maurício serão seus substitutos.


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