São Paulo, domingo, 01 de junho de 2008

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Artífice da visita é fanático por futebol e admira Pelé

DA REPORTAGEM LOCAL

Menos de um ano após o retorno dos mesa-tenistas, Pequim recebeu nova visita, mais emblemática: o então presidente dos EUA, Richard Nixon.
Em sua comitiva, viajava Henry Kissinger, o artífice da "diplomacia pingue-pongue".
Anos mais tarde, ele confirmaria que, na época do convite aos atletas, o governo já negociava retomar o diálogo com a China depois de duas décadas de um nada amigável silêncio.
Ganhador do Nobel da Paz em 1973, o ex-secretário de Estado dos EUA voltou à China em outras ocasiões. Como no fim de janeiro, quando, na condição de membro do Comitê Olímpico Internacional, aos 84 anos, esteve na cidade sede da Olimpíada para a inauguração do Cubo D'Água.
A aparição no palco das provas olímpicas de natação em Pequim não é inusitada.
Em sua vida pública, Kissinger compareceu a mais de um grande evento esportivo. Além do óbvio intercâmbio político que competições proporcionam, ele sempre se proclamou grande fã de esportes.
É fanático por futebol, talvez por causa de sua origem. Kissinger nasceu na Alemanha e migrou para os EUA em 1938, expulso pela perseguição dos nazistas aos judeus.
Seu atleta favorito é Pelé, de quem testemunha os feitos desde 1962, quando acompanhou no Brasil o bicampeonato mundial da seleção.
A admiração é revelada no texto sobre o brasileiro escrito por Kissinger à revista "Time", que, em junho de 1999, incluiu o ex-jogador do Santos entre os 20 ícones do século 20.
Umas das lideranças que atuaram nos bastidores para levar a Copa do Mundo de futebol de 1994 aos EUA, Kissinger relata no texto suas memórias de Pelé em campo tanto na final de 1970, como quando defendeu o Cosmos, no fim da carreira, em Nova York.0 (LF E ML)


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