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Artífice da visita é fanático por futebol e admira Pelé
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de um ano após o retorno dos mesa-tenistas, Pequim recebeu nova visita, mais
emblemática: o então presidente dos EUA, Richard Nixon.
Em sua comitiva, viajava
Henry Kissinger, o artífice da
"diplomacia pingue-pongue".
Anos mais tarde, ele confirmaria que, na época do convite
aos atletas, o governo já negociava retomar o diálogo com a
China depois de duas décadas
de um nada amigável silêncio.
Ganhador do Nobel da Paz
em 1973, o ex-secretário de Estado dos EUA voltou à China
em outras ocasiões. Como no
fim de janeiro, quando, na condição de membro do Comitê
Olímpico Internacional, aos 84
anos, esteve na cidade sede da
Olimpíada para a inauguração
do Cubo D'Água.
A aparição no palco das provas olímpicas de natação em
Pequim não é inusitada.
Em sua vida pública, Kissinger compareceu a mais de um
grande evento esportivo. Além
do óbvio intercâmbio político
que competições proporcionam, ele sempre se proclamou
grande fã de esportes.
É fanático por futebol, talvez
por causa de sua origem. Kissinger nasceu na Alemanha e
migrou para os EUA em 1938,
expulso pela perseguição dos
nazistas aos judeus.
Seu atleta favorito é Pelé, de
quem testemunha os feitos
desde 1962, quando acompanhou no Brasil o bicampeonato
mundial da seleção.
A admiração é revelada no
texto sobre o brasileiro escrito
por Kissinger à revista "Time",
que, em junho de 1999, incluiu
o ex-jogador do Santos entre os
20 ícones do século 20.
Umas das lideranças que
atuaram nos bastidores para levar a Copa do Mundo de futebol
de 1994 aos EUA, Kissinger relata no texto suas memórias de
Pelé em campo tanto na final
de 1970, como quando defendeu o Cosmos, no fim da carreira, em Nova York.0
(LF E ML)
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