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Principal desafio é aeroporto, diz estudo
Para sindicato, cidades ainda não têm condições de atender demanda aérea
Publicação aponta para o fato de que 7 estádios vão precisar superar problemas locais para se viabilizarem economicamente para Copa
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um estudo realizado pelo Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) aponta
os principais desafios que devem ser encarados pelas 12 cidades-sedes da Copa até 2014.
A publicação, cujo título é
"Vitrine ou Vidraça, desafios do
Brasil para a Copa de 2014"
destaca um problema em comum entre quase todas as capitais que abrigarão o Mundial: a
falta de capacidade suficiente
de seus aeroportos para atender a alta demanda turística
que terá o evento.
Segundo dados da Infraero
incluídos no estudo, o setor
prevê receber cerca de R$ 6,2
bilhões de reais entre 2009 e
2012 para compensar esse déficit de capacidade. Esse valor é
quase três vezes superior ao
aplicado entre 2005 a 2008.
Além do problema dos aeroportos, as cidades terão desafios específicos para superar.
Em São Paulo, por exemplo, a
pesquisa aponta a mobilidade
urbana como desafio central
para 2014. A cidade deveria
aplicar "investimentos significativos em transporte público e
na redução dos congestionamentos" para receber a Copa.
Já para o Rio, o principal entrave é a segurança pública, devido "à violência urbana e à visível desigualdade de renda."
Em Belo Horizonte, o principal desafio para a Copa, de
acordo com o estudo, é a ampliação da rede hoteleira.
Para Porto Alegre, a meta é
melhorar a infraestrutura urbana, com foco nos projetos relacionados ao metrô e à urbanização da orla do rio Guaíba.
Para a outra sede do Sul, Curitiba, o estudo recomenda que
a capital do Paraná aproveite a
Copa para se firmar como destino de turismo de negócios.
Já Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Recife, Natal, Manaus e Salvador, segundo a pesquisa, têm
de encontrar formas de viabilizar economicamente seus estádios. Deste modo, poderiam
encontrar parceiros privados e
evitar a transferência de recursos que poderiam ser destinados à infraestrutura.
Para evitar o legado de sete
elefantes brancos, o Sinaenco
aponta diferentes soluções.
No caso de Brasília, que hoje
conta só com um time na Série
B e um na C, a meta da cidade
seria adaptar a arena, orçada
em R$ 520 milhões, para receber shows e grandes eventos.
Já Fortaleza deveria melhorar o entorno do Castelão para
valorizar seu estádio.
Para Recife, que atualmente
conta com dois times na Série A
(Sport e Náutico), a pesquisa
indica que a melhor forma de
viabilizar o novo estádio seria
convencer os clubes a compartilharem a arena após a Copa.
Para Natal, a única saída seria impulsionar o futebol local
para que a cidade volte a lotar o
novo estádio, Arena das Dunas.
Com pouca tradição no futebol, Manaus deveria tornar sua
arena em um ponto turístico.
Já Salvador deverá incrementar a receita. Apesar de o
público baiano em geral lotar a
arena, a renda gerada pela venda de ingressos baratos é insuficiente para viabilizar investimentos em seu novo estádio.
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