DA REPORTAGEM LOCAL

Além da missão de tentar iniciar a recuperação da popularidade do tênis na Suécia, Robin Soderling também tinha o papel de "proteger" os recordes de seu compatriota Bjorn Borg em Paris.
Borg é o maior campeão em Roland Garros, com seis títulos, e detém o recorde de vitórias de sets consecutivos (41) no torneio. Nadal buscava o quinto título e parou em 32 triunfos seguidos.
"Espero receber ao menos uma mensagem de texto dele", afirmou Soderling, 24.
Com a insistência dos repórteres sobre se pretendia conversar com o hexacampeão de Roland Garros, o algoz de Nadal comentou que não tomaria a iniciativa.
"Eu não vou ligar para ele. Espero que ele me ligue. Seria ótimo", afirmou o sueco.
Seu resultado foi o mais surpreendente do tênis masculino desde Wimbledon-2001. Naquela ocasião, também nas oitavas de final, o então desconhecido Roger Federer encerrou a sequência de 31 vitórias seguidas do norte-americano Pete Sampras no Grand Slam inglês.
"Com certeza foi o maior momento de minha carreira", afirmou Soderling, dono de três títulos como profissional, obtidos em pisos rápidos. "Vou lembrar desse jogo pelo resto da minha vida."
O sueco, que começou a jogar tênis com 5 anos, disse que sua estratégia para o feito foi jogar agressivamente.
"Você não pode realmente tentar vencê-lo se não obrigá-lo a correr", afirmou Soderling, cujo treinador é o ex-vice-líder do ranking Magnus Norman. "Eu joguei extremamente bem nos pontos importantes. E minha devolução foi muito boa."
O próximo adversário de Soderling será o russo Nikolay Davydenko, décimo do ranking mundial e que também apresenta resultados muito melhores do que ele.
"Eu acredito que posso vencer qualquer um", afirmou o sueco, 25º da classificação da ATP e que nunca havia passado da terceira rodada de um Grand Slam.


Texto Anterior: Nadal perde em Paris após 31 jogos
Próximo Texto: Frase
Índice