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Em anúncio, Serra cobra o governo Lula
EDUARDO ARRUDA
DO PAINEL FC
O anúncio de São Paulo
como uma das sedes da
Copa do Mundo de 2014
serviu de palanque para o
governador paulista, José
Serra (PSDB), que fez críticas ao governo federal
pela demora na ampliação
de Cumbica e Viracopos.
Ao elencar as melhorias
em infraestrutura que estão sendo feitas pelo Estado, Serra cobrou mudanças imediatas no setor aeroportuário, responsabilidade do governo Lula.
"Esperamos que o governo faça a sua parte. É
fundamental termos o terminal 3 em Cumbica. Da
mesma maneira, a ampliação do aeroporto de Viracopos. Na minha opinião,
deveriam ser feitos no sistema de concessões, e isso
já deveria começar agora
porque obras aeroportuárias demoram", disse.
Em contrapartida, o governador citou que obras
de sua gestão, como a estação Morumbi do metrô, já
estão em andamento. As
obras de infraestrutura
para a Copa, disse ele, vão
consumir R$ 33 bilhões.
Serra também cobrou a
diretoria são-paulina sobre o Morumbi. "Nós agora confiamos que o São
Paulo saiba se incumbir de
sua responsabilidades para que o estádio esteja
pronto para a abertura."
A adaptação do estádio
às exigências da Fifa é o
principal entrave da agora
sede paulistana.
As obras terão custo de
R$ 300 milhões, como revelou a Folha. O São Paulo
diz ter já empenhado R$
130 milhões. A avaliação é
de que o clube tricolor tem
dificuldade para arrumar
parceiros porque tem
pouco a oferecer a quem
quiser investir no estádio,
já que não está disposto a
passar o Morumbi à iniciativa privada, como
ocorrerá no Maracanã.
A diretoria são-paulina
diz que ainda não sabe ao
certo quanto irá gastar,
mas acredita que as contrapartidas são vantajosas.
"Estamos dando setores
do Morumbi para serem
explorados pelo parceiro",
afirma o diretor de futebol
do clube tricolor, João
Paulo de Jesus Lopes.
Ele cita a Visa, também
parceira da Fifa na Copa
do Mundo, até agora a única empresa anunciada pelos são-paulinos.
Em Nassau, o presidente da FPF, Marco Polo Del
Nero, disse apoiar o Morumbi. Mas afirmou que
São Paulo tem potencial
econômico para ter um
novo estádio na cidade.
Para ele, o seu relacionamento tenso com o clube
não vai afetar sua participação no trabalho do comitê de organização do
mundial na cidade.
Colaborou RODRIGO MATTOS ,
enviado especial a Nassau
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