São Paulo, domingo, 01 de julho de 2007

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Dunga amplia sua gestão mutante

Treinador, que usou 40 atletas em 12 jogos em menos de um ano, altera novamente o time no duelo diante do Chile

Anderson, que ainda não começou nenhum jogo da seleção principal no grupo titular, deve ser a novidade da equipe na Venezuela

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ

Foram apenas 12 jogos e 40 jogadores utilizados. Convocados por ele, são 49 no total. Dunga amplia ainda mais hoje contra o Chile, às 17h05, o perfil mutante de sua gestão à frente da seleção brasileira. E isso com o Brasil correndo risco.
A nova esperança do time, pressionado na Copa América como lanterna do Grupo B, é o meia-atacante Anderson, que estréia como titular. Ele barrou Diego, que não foi bem contra o México (derrota por 2 a 0) na quarta-feira.
No gol, Doni fará apenas sua terceira partida com Dunga. Helton jogou quatro vezes com o treinador e fica na reserva. Gomes, também com quatro partidas, nem foi convocado.
A seleção ficou quase duas semanas reunida para treinos. Bastou um jogo para que o time-base fosse alterado. Os 11 amistosos anteriores não ajudaram Dunga a defini-lo.
O adversário de hoje perdeu de 4 a 0 da seleção no dia 24 de março. Mas daquela goleada restaram apenas cinco jogadores: Juan, Gilberto, Gilberto Silva e Robinho.
O mesmo vale para o Equador, o terceiro rival do grupo. Em outubro, a seleção venceu por 2 a 1. Só cinco atletas daquela ocasião serão titulares hoje à tarde: Maicon, Juan, Gilberto Silva, Elano e Robinho.
O lateral-direito Maicon tem uma sombra forte que é Daniel Alves -entrou no final do jogo com o México. Elano pode ir à reserva, já que Júlio Baptista vem treinando bem e já foi testado anteontem no time titular.
Afonso saiu do banco e também teve chance na estréia. Busca seu espaço no ataque.
Pesou para tanta indefinição na gestão de Dunga as dispensas de Kaká e Ronaldinho, em especial, mas apesar da ausência dos dois astros, os testes parecem não ter um fim.
O atacante Fred começou jogando tanto contra o Chile quanto contra o Equador com Dunga, mas até ser cortado da Copa América devido a uma fratura no pé era apenas um figurante no elenco, não saindo da reserva na estréia do time.
Alguns dos jogadores que mais foram convocados por Dunga nem estão na Venezuela. São os casos do zagueiro Luisão, dos volantes Dudu Cearense e Edmílson, do meia-atacante Daniel Carvalho e do atacante Rafael Sóbis.
O zagueiro Juan, que se acostumou a fazer parceria na seleção com Lúcio (perdeu a Copa América por contusão), admite que não tem um bom entrosamento com Alex, ex-Santos.
""Eu e o Alex não jogamos há muito tempo juntos. Precisamos de um período maior para que o entrosamento apareça. Já estamos conversando sobre isso internamente", falou.
A falta de uma seqüência de jogos da seleção com a mesma formação prejudica até mesmo a comunicação entre a defesa e o goleiro, segundo Doni.
""Precisamos conversar mais nas faltas. Já nos falamos bastante sobre isso após o jogo com o México [o Brasil levou o segundo gol em uma cobrança, e Doni não se entendeu com a barreira]. Conversei com as pessoas que tenho mais intimidade no grupo", falou o goleiro.
Dunga assumiu depois da Copa-2006 para renovar. Fez isso no início de seu trabalho e, quase um ano depois, continua fazendo. Agora, em sua primeira competição como técnico.


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