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Dunga amplia sua gestão mutante
Treinador, que usou 40 atletas em 12 jogos em menos de um ano, altera novamente o time no duelo diante do Chile
Anderson, que ainda não
começou nenhum jogo da
seleção principal no grupo
titular, deve ser a novidade
da equipe na Venezuela
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ
Foram apenas 12 jogos e 40
jogadores utilizados. Convocados por ele, são 49 no total.
Dunga amplia ainda mais hoje
contra o Chile, às 17h05, o perfil
mutante de sua gestão à frente
da seleção brasileira. E isso
com o Brasil correndo risco.
A nova esperança do time,
pressionado na Copa América
como lanterna do Grupo B, é o
meia-atacante Anderson, que
estréia como titular. Ele barrou
Diego, que não foi bem contra o
México (derrota por 2 a 0) na
quarta-feira.
No gol, Doni fará apenas sua
terceira partida com Dunga.
Helton jogou quatro vezes com
o treinador e fica na reserva.
Gomes, também com quatro
partidas, nem foi convocado.
A seleção ficou quase duas
semanas reunida para treinos.
Bastou um jogo para que o time-base fosse alterado. Os 11
amistosos anteriores não ajudaram Dunga a defini-lo.
O adversário de hoje perdeu
de 4 a 0 da seleção no dia 24 de
março. Mas daquela goleada
restaram apenas cinco jogadores: Juan, Gilberto, Gilberto
Silva e Robinho.
O mesmo vale para o Equador, o terceiro rival do grupo.
Em outubro, a seleção venceu
por 2 a 1. Só cinco atletas daquela ocasião serão titulares
hoje à tarde: Maicon, Juan, Gilberto Silva, Elano e Robinho.
O lateral-direito Maicon tem
uma sombra forte que é Daniel
Alves -entrou no final do jogo
com o México. Elano pode ir à
reserva, já que Júlio Baptista
vem treinando bem e já foi testado anteontem no time titular.
Afonso saiu do banco e também teve chance na estréia.
Busca seu espaço no ataque.
Pesou para tanta indefinição
na gestão de Dunga as dispensas de Kaká e Ronaldinho, em
especial, mas apesar da ausência dos dois astros, os testes parecem não ter um fim.
O atacante Fred começou jogando tanto contra o Chile
quanto contra o Equador com
Dunga, mas até ser cortado da
Copa América devido a uma
fratura no pé era apenas um figurante no elenco, não saindo
da reserva na estréia do time.
Alguns dos jogadores que
mais foram convocados por
Dunga nem estão na Venezuela. São os casos do zagueiro Luisão, dos volantes Dudu Cearense e Edmílson, do meia-atacante Daniel Carvalho e do atacante Rafael Sóbis.
O zagueiro Juan, que se acostumou a fazer parceria na seleção com Lúcio (perdeu a Copa
América por contusão), admite
que não tem um bom entrosamento com Alex, ex-Santos.
""Eu e o Alex não jogamos há
muito tempo juntos. Precisamos de um período maior para
que o entrosamento apareça.
Já estamos conversando sobre
isso internamente", falou.
A falta de uma seqüência de
jogos da seleção com a mesma
formação prejudica até mesmo
a comunicação entre a defesa e
o goleiro, segundo Doni.
""Precisamos conversar mais
nas faltas. Já nos falamos bastante sobre isso após o jogo
com o México [o Brasil levou o
segundo gol em uma cobrança,
e Doni não se entendeu com a
barreira]. Conversei com as
pessoas que tenho mais intimidade no grupo", falou o goleiro.
Dunga assumiu depois da
Copa-2006 para renovar. Fez
isso no início de seu trabalho e,
quase um ano depois, continua
fazendo. Agora, em sua primeira competição como técnico.
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