São Paulo, terça-feira, 01 de julho de 2008

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CIDA SANTOS

O enigma dos quatro

A pior dúvida de Bernardinho deve ser entre Anderson e Samuel; Marlon e Nalbert também têm se destacado

NA SELEÇÃO brasileira masculina, a expectativa é a seguinte: Quem serão os quatro escolhidos pela comissão técnica para compor o grupo que vai a Pequim? Falta definir um oposto, um levantador, um ponteiro e um central.
O técnico Bernardinho aproveitou os jogos contra França e Venezuela para testes. Dos centrais que lutam por uma vaga, Sidão leva vantagem sobre Éder. A novidade para os jogos do fim de semana contra a Sérvia é a volta de Rodrigão. Se ele se recuperar bem da cirurgia no joelho, a posição é dele.
Já Marlon está surpreendendo e entrou na luta com Bruno pela vaga de segundo levantador. No domingo, contra a Venezuela, fez dois sets muitos bons. Nalbert fez seu melhor jogo da temporada. Em uma seleção que precisa de bom passe, é um grande candidato para ficar com a vaga de ponteiro.
A questão é entre Samuel e Anderson. No último jogo contra a Venezuela, Samuel atuou na ponta, posição em que não se sente tão à vontade. Já como oposto, livre do passe, exibe sua maior qualidade: o ataque.
Anderson, ainda distante dos bons tempos, começou mal, mas depois atuou bem nos dois últimos sets do jogo de domingo. Marcou 17 pontos, dois a mais do que Samuel. Decisão difícil. Anderson é mais experiente, mas Samuel está melhor tecnicamente: lidera o ranking de melhor atacante da Liga Mundial.
No feminino, a seleção está mostrando evolução no saque, nos contra-ataques, mas tem jogado em chaves fáceis. Os últimos rivais foram Cazaquistão, Turquia e Alemanha. No fim de semana, vai pelo menos enfrentar a China novamente e terá chances de testar seu jogo.
O grupo mais eletrizante foi o de Itália, China e Cuba. Só grandes jogos. As cubanas perderam da China e da Itália por 3 sets a 2. No grande duelo, as chinesas fizeram 14 pontos de bloqueio e venceram as italianas por 3 sets a 2. O revés quebrou a série de 26 jogos invictos da Itália.
Pena que o Brasil só terá chance de enfrentar Itália, Cuba e Estados Unidos na fase final do Grand Prix. A preocupação é que, por enquanto, o time só enfrentou um adversário da elite, a China, e foi justamente a única derrota da seleção até agora.

TORCIDA VENEZUELANA
Doze mil pessoas estiveram em cada uma das dias partidas entre Venezuela e Brasil, em Caracas. Público superior aos 11 mil torcedores dos confrontos entre Brasil e Sérvia, em São Paulo. Neste ano, o campeão de público da Liga Mundial é o confronto entre Cuba e Rússia, em Havana, que foi visto por 13.900 torcedores.

FORÇA ITALIANA
Na Liga, os confrontos mais legais da última rodada foram entre Itália e Rússia, com uma vitória para cada lado. Foram dois jogões. A Itália, que só conseguiu a vaga para Pequim no último Pré-Olímpico, está se acertando.


cidasan@uol.com.br

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