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Volta da França arma caçada a suspeitos de uso de doping
Com base em passaporte biológico, evento cria lista de quem será testado
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando a Volta da França começar, alguns ciclistas terão
marcas invisíveis nas costas.
Os responsáveis pelo controle antidoping do mais badalado
tour do mundo preparam um
arsenal nunca antes visto para
evitar escândalos na edição de
2009. O pacote inclui a perseguição até a atletas suspeitos de
uso de substâncias proibidas.
A UCI (União Ciclística Internacional) planeja fazer 520
testes durante a Volta, que começa no sábado. Além de favoritos, quer testar competidores
cujos passaportes biológicos
apontem possíveis problemas.
O passaporte contém os perfis de sangue e esteroides dos
atletas, e variações desses níveis podem significar doping.
Nas últimas semanas, 50 ciclistas foram testados.
Outra estratégia da UCI é pegar os competidores de surpresa. A entidade decidirá quem
será examinado só 15 minutos
antes do fim de cada etapa.
Amostras de sangue e urina
também serão congeladas e
guardadas para, no futuro, poderem ser testadas por novos
métodos mais sensíveis ou serem detectadas novas drogas.
Antes da competição, cada
atleta terá guardada duas
amostras de seu sangue.
As principais substâncias
procuradas durante o tour serão a EPO, que aumenta a oxigenação do sangue, e seu derivado mais moderno, o Cera.
Os médicos também ficarão
atentos para tentar flagrar a autotransfusão, na qual o atleta
retira seu próprio sangue para
reaplicá-lo quando precisa.
O ciclismo tem vivido atolado em escândalos. No ano passado, seis corredores foram
desclassificados da Volta da
França por doping.
Vencedor em 2006, o americano Floyd Landis perdeu o título após ter sido pego com testosterona. Foi a primeira vez
em 105 anos que o campeão
perdeu a taça. Seu compatriota
Lance Armstrong, sete vezes
campeão da Volta da França, já
teve seu nome associado a escândalos de doping, mas nunca
teve um exame antidoping com
resultado positivo divulgado.
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