|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Federer faz pior campanha em Wimbledon em 8 anos
Suíço perde de tcheco na quartas e cai para o terceiro posto no ranking
DE SÃO PAULO
Pela primeira vez em oito
anos, Roger Federer não disputará a final de Wimbledon.
O suíço, que buscava igualar a marca de sete títulos do
americano Pete Sampras na
grama londrina, caiu diante
do tcheco Tomas Berdych
por 6/4, 3/6, 6/1 e 6/ 4, nas
quartas de final do torneio.
A derrota para o 13º do
mundo também vai impor a
Federer seu pior posto no
ranking desde novembro de
2003. Sem conseguir defender o título do ano passado,
ele será ultrapassado pelo
sérvio Novak Djokovic e aparecerá na terceira colocação.
"Não pude jogar como
queria", afirmou o recordista
de títulos de Grand Slam (16).
"Estou com problemas nas
costas e na perna. É frustrante, para dizer o mínimo."
Federer, 28, disse que as
dores começaram na final do
Torneio de Halle, preparatório para Wimbledon, quando
acabou surpreendido pelo
australiano Lleyton Hewitt.
"Não me sinto confortável.
Não consigo me concentrar
em cada ponto por causa das
dores", disse Federer. "Sob
essas circunstâncias, acho
que fiz um jogo decente."
Torneio mais tradicional
do tênis, Wimbledon era a
grande esperança do suíço
para se recuperar de uma
temporada ruim, bem abaixo
dos padrões que ele apresentou nos últimos anos.
Federer foi campeão do
Aberto da Austrália, em janeiro, mas desde então não
conseguiu triunfar mais.
Além disso, muitas de
suas derrotas aconteceram
para grandes "fregueses".
O próprio Berdych acumulava oito derrotas seguidas
até vencê-lo pela segunda
vez em abril, em Miami.
"É alucinante jogar nesta
quadra com esse campeão e
avançar", afirmou o tcheco,
que foi semifinalista em Roland Garros e alcança a mesma fase de Wimbledon pela
primeira vez na carreira.
Berdych disse não ter percebido nenhum problema do
rival no jogo de ontem.
"Não sei se ele está procurando alguma desculpa ou
algo assim", afirmou o primeiro tenista de seu país a ficar entre os quatro melhores
desde Ivan Lendl em 1990.
"Achei que estava 100%."
Berdych disputa uma vaga
na decisão contra Djokovic,
que ontem passou sem dificuldades pelo taiwanês Yen-Hsun Lu, algoz de Andy Roddick, por 6/3, 6/2 e 6/2.
O novo número dois do
ranking lidera o confronto direto por 2 a 0. "Mas agora vai
ser diferente", disse o tcheco.
A outra semifinal reúne o
número um do mundo, o espanhol Rafael Nadal, e a esperança britânica para encerrar o jejum de 74 anos sem
títulos, Andy Murray.
Nadal bateu o sueco Robin
Soderling por 3/6, 6/3, 7/6 e
6/1, enquanto Murray passou
pelo francês Jo-Wilfried
Tsonga por 6/7, 7/6, 6/2 e 6/2.
Quem chegar à final não
terá a audiência de Federer.
"Vou estar de férias. Por duas
semanas", afirmou o suíço.
Texto Anterior: A França ainda torce Próximo Texto: Serena tenta brecar novata na semifinal Índice
|