São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2010

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Federer faz pior campanha em Wimbledon em 8 anos

Suíço perde de tcheco na quartas e cai para o terceiro posto no ranking

DE SÃO PAULO

Pela primeira vez em oito anos, Roger Federer não disputará a final de Wimbledon.
O suíço, que buscava igualar a marca de sete títulos do americano Pete Sampras na grama londrina, caiu diante do tcheco Tomas Berdych por 6/4, 3/6, 6/1 e 6/ 4, nas quartas de final do torneio.
A derrota para o 13º do mundo também vai impor a Federer seu pior posto no ranking desde novembro de 2003. Sem conseguir defender o título do ano passado, ele será ultrapassado pelo sérvio Novak Djokovic e aparecerá na terceira colocação.
"Não pude jogar como queria", afirmou o recordista de títulos de Grand Slam (16). "Estou com problemas nas costas e na perna. É frustrante, para dizer o mínimo."
Federer, 28, disse que as dores começaram na final do Torneio de Halle, preparatório para Wimbledon, quando acabou surpreendido pelo australiano Lleyton Hewitt.
"Não me sinto confortável. Não consigo me concentrar em cada ponto por causa das dores", disse Federer. "Sob essas circunstâncias, acho que fiz um jogo decente."
Torneio mais tradicional do tênis, Wimbledon era a grande esperança do suíço para se recuperar de uma temporada ruim, bem abaixo dos padrões que ele apresentou nos últimos anos.
Federer foi campeão do Aberto da Austrália, em janeiro, mas desde então não conseguiu triunfar mais.
Além disso, muitas de suas derrotas aconteceram para grandes "fregueses".
O próprio Berdych acumulava oito derrotas seguidas até vencê-lo pela segunda vez em abril, em Miami.
"É alucinante jogar nesta quadra com esse campeão e avançar", afirmou o tcheco, que foi semifinalista em Roland Garros e alcança a mesma fase de Wimbledon pela primeira vez na carreira.
Berdych disse não ter percebido nenhum problema do rival no jogo de ontem.
"Não sei se ele está procurando alguma desculpa ou algo assim", afirmou o primeiro tenista de seu país a ficar entre os quatro melhores desde Ivan Lendl em 1990. "Achei que estava 100%."
Berdych disputa uma vaga na decisão contra Djokovic, que ontem passou sem dificuldades pelo taiwanês Yen-Hsun Lu, algoz de Andy Roddick, por 6/3, 6/2 e 6/2.
O novo número dois do ranking lidera o confronto direto por 2 a 0. "Mas agora vai ser diferente", disse o tcheco.
A outra semifinal reúne o número um do mundo, o espanhol Rafael Nadal, e a esperança britânica para encerrar o jejum de 74 anos sem títulos, Andy Murray.
Nadal bateu o sueco Robin Soderling por 3/6, 6/3, 7/6 e 6/1, enquanto Murray passou pelo francês Jo-Wilfried Tsonga por 6/7, 7/6, 6/2 e 6/2.
Quem chegar à final não terá a audiência de Federer. "Vou estar de férias. Por duas semanas", afirmou o suíço.


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