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MEMÓRIA
Há oito anos, CBF atrapalhou planos de Mano
DO ENVIADO A VENÂNCIO AIRES
A CBF, hoje empregadora de Mano Menezes, já
atrapalhou a vida do treinador. Ao extinguir as ligas regionais em 2002, a
entidade impediu o Guarani de Venâncio Aires de
disputar a Copa Sul-Minas, que seria a primeira
experiência "interestadual" do técnico.
O Guarani venceu a seletiva da Sul-Minas naquele ano. Foi campeão de um
quadrangular que tinha
Avaí, Caldense e Iraty.
Quando o clube se planejava (e gastava) para
mudar de patamar, veio "a
facada", como diz o ex-presidente José Adhemar
Melchior, o Zecão, 54.
A CBF, com apoio da TV
Globo, extinguiu as ligas
regionais em outubro de
2002 para criar o Brasileiro
por pontos corridos. "Foi o
maior golpe que o Guarani
sofreu na história recente.
O Atlético-MG vinha jogar
aqui, o estádio certamente
encheria...", diz Zecão.
O clube receberia R$
600 mil pela participação
na Sul-Minas, administrada por liga independente
da CBF. "E pelo menos
mais uns R$ 400 mil iriam
entrar", estipula Romeu
Siebeneichler, que trabalha há 40 anos no clube.
"Foi uma tristeza, o Mano ficou muito chateado."
Em 2001, a CBF anunciou um calendário quadrienal, que incluía os regionais e previa menos datas para os Estaduais. Mas
o calendário só valeu em
2002. Sem a Sul-Minas para jogar, o Guarani manteve Mano, mas dispensou
boa parte dos jogadores.
Em 2003, o time foi mal
no Gaúcho e caiu na primeira fase da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo
América-RN.
(MF)
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