São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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Brasil mostra quadro de dependência

NATAÇÃO
Equipe deixa a China com mais medalhas e menos finais

DA ENVIADA A XANGAI

No quadro de medalhas, o Brasil fez em Xangai sua melhor campanha em Mundiais de esportes aquáticos.
Foram três ouros na piscina, com Cesar Cielo (50 m livre e 50 m borboleta) e Felipe França (50 m peito), e um na maratona aquática, com Ana Marcela Cunha (25 km).
Até então, o recorde de pódios era Roma-2009, com dois ouros e uma prata.
O resultado, porém, mostra uma equipe que ainda depende dos mesmos nomes e que chegou a menos finais do que no Mundial-2009.
Na Itália, foram 18. Na China, apenas seis finalistas, e somente em três provas olímpicas -os 50 m peito, os 50 m borboleta e os 25 km não estão no programa dos Jogos.
Na maratona, Poliana Okimoto obteve a vaga olímpica aos ficar em sexto nos 10 km.
Dos cinco revezamentos que nadaram em Xangai, só o 4 x 100 m livre masculino ficou entre os 12 primeiros e obteve vaga em Londres-12.
Em Roma, o Brasil ficou em quarto lugar nessa prova e no 4 x 100 m medley.
Entre as mulheres, o desempenho também foi pior.
Na Itália, Fabíola Molina e Gabriela Silva foram às finais. A primeira não foi a Xangai por ter sido pega em antidoping. Gabriela luta contra um problema no ombro. Na China, só Daynara de Paula chegou à semifinal.
"Vamos agora analisar caso a caso e focar na excelência para a Olimpíada", afirmou Ricardo de Moura, superintendente técnico da confederação brasileira.
"Quanto aos revezamentos, o 4 x 100 m livre é muito bom, jovem e nos classificou para a Olimpíada. Os outros foram muito prejudicados pela falta de alguns nadadores", disse o dirigente, referindo-se a Fabíola e Nicholas Santos, envolvido no mesmo caso de doping de Cielo.
A CBDA recebe por ano aproximadamente R$ 15 milhões entre verba da Lei Piva, proveniente das loterias, e patrocínio dos Correios, além de apoio do Bradesco via lei de incentivo fiscal. (ML)



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