São Paulo, domingo, 01 de setembro de 2002

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VÔLEI

Equipe brasileira joga bem, mas perde para a favorita China, e hoje enfrenta a desconhecida Austrália no Mundial

Seleção cai em seu maior teste da 1ª fase

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de sofrer sua primeira derrota ontem, para a China, em seu teste mais duro até agora no Mundial da Alemanha, a seleção brasileira tem hoje sua maior "moleza" na primeira fase.
O time nacional enfrenta as australianas, às 12h, em Leipzig. A equipe, sem tradição no vôlei mundial, é quase desconhecida das brasileiras. A principal referência é a atuação da Austrália nos Jogos de Sydney, em 2000 -em sua primeira participação olímpica, ficou na nona posição.
"Minha impressão é de que a Austrália é a equipe mais fraca do grupo. Não conhecemos bem o time. Nossa última referência é a Olimpíada de Sydney", disse o técnico Marco Aurélio Motta.
A seleção faz seu jogo considerado mais fácil da primeira fase após passar por seus dois maiores rivais. Na estréia, o time venceu com facilidade a Polônia, considerada a partida-chave no Grupo D -conta ainda com Grécia, China, Austrália e Tailândia.
O confronto de ontem com as chinesas era o mais difícil teste. Vencer a favorita ao título era missão quase impossível. E, como esperado, o Brasil perdeu por 3 sets a 1, parciais de 25/23, 23/25, 25/17 e 25/23. O placar foi o mesmo dos dois confrontos entre as equipes no Grand Prix deste ano.
Mas, apesar do resultado negativo, o time brasileiro jogou bem. Menos ansioso do que na estréia, teve tranquilidade para reagir quando estava em desvantagem e para trabalhar os contra-ataques.
As reservas também tiveram papel fundamental. Motta mexeu no time em todos os sets, e Sheila, Soninha, Marina Daloca e Arlene tiveram boa atuação.
"Mostramos que temos condições de ganhar da China. Faltou tranquilidade em alguns momentos hoje [ontem", mas temos certeza de que vamos nos sair melhor da próxima vez", afirmou Arlene.
Para o técnico, o saque foi o principal destaque da atuação do Brasil. O bloqueio, principalmente nas pontas, no entanto, fracassou. "A defesa chinesa fez a diferença nos momentos decisivos."
No primeiro set, o Brasil manteve o jogo equilibrado até o empate em sete pontos. Mas as chinesas, com mais consistência em quadra, abriram pequena vantagem. O time brasileiro ainda tentou reagir, mas perdeu por 25 a 23.
Na segunda etapa, com a oposto Sheila no lugar de Luciana, a seleção saiu na frente. Mas, errando muito, permitiu a virada chinesa -22 a 20. Motta colocou então Arlene no lugar de Paula Pequeno, e o time virou: 25 a 23.
Na terceira etapa, o Brasil voltou a mostrar insegurança e errar muito. Sheila continuou no time, Soninha entrou, mas as alterações não surtiram efeito. O saque não funcionou como no set anterior. Com isso, a China teve facilidade para abrir dez pontos de vantagem, até fechar em 25 a 17.
Motta voltou com Luciana para o quarto set. Em boa parte da disputa, jogou também com Sheila e sacou a ponta Sassá.
O Brasil esteve bem até o empate em 14 pontos, mas deixou a China abrir. Motta voltou a mexer na seleção. Arlene, Marina Daloca e Soninha entraram, e a equipe esboçou uma reação -22 a 22.
Mas as chinesas, apesar de cometerem muitos erros -cederam 28 contra 20 do Brasil-, mantiveram a superioridade.
A China lidera o Grupo D.
 ATUAÇÕES - Marcelle (3 pontos), Sassá (8), Karin (13), Valeskinha (5), Paula Pequeno (14), Luciana (4), Fabi (líbero); Soninha (1), Sheila (11), Arlene (0), Marina Daloca (1)



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