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Arqui-rivais, Argentina e Brasil expõem contraste
Enquanto seleção coleciona fiascos, oponente ostenta ouro olímpico em Atenas
Desfalcados, argentinos
mostram jogo coletivo
mais sólido e desempenho
melhor nos fundamentos
durante o Pré-Olímpico
DA ENVIADA A LAS VEGAS
No mesmo período em que
amargou sucessão de fiascos, a
seleção masculina de basquete
viu a Argentina, seu adversário
de hoje pela vaga olímpica, ascender internacionalmente.
As duas equipes se enfrentam pelas semifinais do Pré-Olímpico de Las Vegas. Quem
vencer, assegura classificação
nos Jogos de Pequim-08.
Nos 11 anos em que o Brasil
esteve fora da Olimpíada, os argentinos conquistaram a prata
no Mundial de Indianápolis-02, e o ouro na Olimpíada de
Atenas-04. No Mundial do Japão-06, ficaram em quarto.
No entanto, a Argentina que
hoje enfrenta a seleção brasileira está bem desfalcada em relação à equipe campeã olímpica.
Um time inteiro ficou fora do
classificatório das Américas.
Pepe Sánchez, Ginóbili,
Oberto, Nocioni e Wolkowyski,
por motivos diversos, desfalcam a Argentina no Pré-Olímpico. Sem eles, o técnico Sergio
Hernández baseou o jogo no
tripé formado pelos armadores
Pablo Prigioni e Carlos Delfino
e pelo pivô Luis Scola.
A estratégia deu resultado, e
a Argentina derrotou a seleção
brasileira em torneio preparatório em Porto Rico (75 a 67) e
na segunda fase da competição
em Las Vegas (86 a 79).
Mesmo assim, os argentinos
jogam o favoritismo do confronto para o lado do Brasil.
"Eles estão com seus principais jogadores. Além disso, o
Brasil é uma equipe que temos
que respeitar", disse Delfino,
que atua na NBA pelo Toronto.
O Brasil tenta superar sua irregularidade em quadra. A
equipe mostrou excessiva dependência no ataque dos arremessos de Leandrinho, do
Phoenix, seu principal jogador.
O armador, que foi eleito o
melhor reserva da última temporada da NBA, é o cestinha do
Pré-Olímpico, com média de
23,5 pontos por partida.
Em linhas gerais, a Argentina
apresentou jogo coletivo mais
consistente e superioridade
nas estatísticas. O adversário
de hoje ostenta o segundo melhor ataque (91,9 pontos por jogo), atrás somente dos EUA, favoritos ao título da competição.
Nos rebotes, o time argentino também aparece como o segundo melhor do torneio (38,5
bolas recuperadas no garrafão
por jogo), atrás do Canadá,
equipe já eliminada da disputa.
E, em um fundamento que
tem sido o calcanhar-de-aquiles do Brasil, os lances livres, os
argentinos ostentam o melhor
aproveitamento do classificatório olímpico: 75,9%. A seleção do técnico Lula é só a sexta,
com acerto de 69,4%.
Além de não ter ratificado o
favoritismo em Las Vegas, o
Brasil tem mostrado divisões
internas. Segundo o ala Marquinhos, que está em São Paulo
após se desligar do time por
causa de lesão na mão, o elenco
está fechado em busca da vaga
olímpica, mas não confia no
técnico. O jogador do New Orleans também questionou seu
pouco aproveitamento.
"Fui bem no Pan e na Copa
Tutto Marchand [torneio preparatório]. Mas entrava só três
minutos no Pré-Olímpico", disse à ESPN Brasil.
(DENYSE GODOY)
NA TV - Brasil x Argentina
Bandsports, ESPN Brasil, Sportv e
TV Esporte Interativo, às 17h
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