São Paulo, sábado, 01 de setembro de 2007

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Depois do Pan, Brasil espera rigor em notas

DA REPORTAGEM LOCAL "O Mundial será bem diferente do Pan-Americano, pelo tamanho do evento, pelo que está em jogo e até pelo maior rigor da arbitragem."
A frase de Renato Araújo, técnico da seleção masculina, dá uma pista do que representa o Mundial de Stuttgart, a única rota da ginástica artística para se chegar à Olimpíada de Pequim-2008.
A grandeza deste Pré-Olímpico pode ser sentida pelos números. Em 14 dias de evento (incluindo treinos oficiais, reunião de árbitros e análise de notas, entre outros), estarão em ação 551 ginastas (no Pan, foram cerca de cem), de 81 países, recorde no esporte.
Realizado na Alemanha, considerada o berço da ginástica, o Mundial viu os ingressos acabarem em março e é o grande teste para os planejamentos do atual ciclo olímpico, tanto que até o Brasil está diferente.
Pela primeira vez na história, o país levará, além dos 12 ginastas titulares (seis no masculino e seis no feminino), dois reservas -no ano passado, uma contusão de última hora fez com que um atleta viajasse às pressas para o evento.
E, apesar de o montante parecer irrisório perto das cifras do futebol, o país empenhou sua maior quantia, R$ 200 mil, para disputar a competição, que envolve amistosos, aclimatação, estadia e alimentação. "Fizemos de tudo, pois no ano que vem tudo está depositado na Olimpíada. Sem ela, não dá para imaginar", afirma Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica.
E, apesar dos destaques individuais das seleções -Diego Hypólito, Jade Barbosa, Laís Souza e Daiane dos Santos-, o foco é todo das equipes. "Competir bem na estréia é fundamental, pois define todo o resto da competição e até a vaga olímpica", diz o treinador Leonardo Finco.
E ele está certo. A fase classificatória colocará em Pequim as 12 melhores equipes, tanto entre os homens quanto entre as mulheres.
Se ficar fora dessa faixa, do 13º ao 15º, o país tem direito a dois atletas na Olimpíada. Depois disso, fica mais complicado, já que exigirá um título de campeão por aparelho ou terá de contar com índices do individual geral. Além disso, a fase classificatória define quem avança para os demais dias de provas.
"A nossa meta é competir pela equipe", diz Daiane dos Santos, que ainda se ressente da contusão sofrida no Pan, no tornozelo esquerdo.
No feminino, o Brasil irá estrear amanhã. No masculino, o país entra em ação na segunda-feira.0 (CCP)

NA TV - Mundial de Ginástica Band, ao vivo, às 15h15

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