São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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Sem emoção, clássico, mais uma vez, fica no 0

Após segundo empate, São Paulo está fora do G4, e Santos, na zona de descenso

São Paulo 0
Santos 0

DA REPORTAGEM LOCAL

Dominantes nos dois últimos anos no Brasil, São Paulo e Santos mostraram por que vivem uma temporada com resultados inexpressivos, quadro que dificilmente mudará. O clássico entre os dois times não teve gols, foram poucas as conclusões, o público esteve ausente, e o empate foi ruim para ambos.
Foi a segunda vez no Brasileiro que o San-São terminou com ausência de gol. É o único confronto entre dois times neste campeonato em que houve dois jogos nos quais os goleiros não foram vazados. Assim, o São Paulo está fora da zona de Libertadores, e o Santos, dentro do grupo dos rebaixados.
Dois lances são emblemáticos sobre o clássico. Aos 28min da segunda etapa, Hernanes, articulador do São Paulo, cobrou falta quase na altura da arquibancada. Depois, aos 47min, o artilheiro do Brasileiro Kléber Pereira (tem 15 gols, ao lado de Alex Mineiro, do Palmeiras), no limite da pequena área, livre, foi traído pelo quique da bola e "furou", bisonhamente.
Antes e depois dessas "finalizações", sobraram bolas perdidas, cruzamentos e chutes sem direção. No jogo, houve apenas 17 conclusões (11 do São Paulo e 6 do Santos), sendo apenas duas delas na direção certa.
Em outros quesitos técnicos, a fraca qualidade também ficou flagrante. Os são-paulinos perderam 49 bolas, e os santistas, 53. O time da Baixada Santista falhou em 90% de seus cruzamentos, e a equipe da capital não acertou 73,3%.
Pior foi no primeiro tempo, sem nenhuma oportunidade clara de gol. Visitante, o Santos atuava recuado, embora mantivesse a posse de bola. E o São Paulo não mostrava inspiração.
"Nossos zagueiros estão tendo que armar. Não é normal", contou o são-paulino André Lima. "Está razoável. Podemos melhorar", rebatia o técnico santista Márcio Fernandes.
Sem qualidade, as duas equipes voltaram para o segundo tempo, ao menos, com correria. Principalmente o São Paulo, que passou a atuar mais pelas laterais, procurando suas tradicionais jogadas aéreas.
E o time da casa chegou a dar uma blitz sobre o rival, com seguidos lançamentos para seus dois atacantes, André Lima e Borges. No melhor deles, o primeiro quase fez de cabeça.
A pequena torcida tricolor até tentava empurrar. Mas outros lances de área se seguiram e, com eles, erros de conclusão.
Se errava na frente, o São Paulo também falhava atrás. Alguns passes equivocados na saída de bola e até de posicionamento propiciaram contra-ataques ao Santos, que foi quem mais ameaçou no final, com a contribuição de Molina, que substituiu Cuevas.
A maior chance foi com Wendel, que avançou pela lateral direita, superou adversários e chutou forte, cruzado. O goleiro Rogério realizou boa defesa.
Mas, assim como o São Paulo, o Santos se fartou de dar chutes por cima da trave. E o resultado, como esperado, foi a falta de gols. Ao lado do campo, os treinadores Márcio Fernandes e Muricy Ramalho se esgoelavam, gritando com todos os seus jogadores. Não adiantou. (RODRIGO BUENO E RODRIGO MATTOS)


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