São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2008

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Diego Souza ressurge e encerra escrita

Meia, que não marcava havia 13 jogos, desencanta e faz os gols da vitória palmeirense, a primeira na Arena da Baixada

Atlético-PR 1
Palmeiras 2


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Liderado por seu camisa 7, o Palmeiras bateu o Atlético-PR, ontem à tarde, em Curitiba, e pôs fim ao tabu de nunca ter vencido na Arena da Baixada.
Inspirado, Diego Souza marcou os dois gols do primeiro triunfo palmeirense no estádio atleticano, que, desde sua inauguração, em 1999, havia sido palco de quatro vitórias dos anfitriões e de dois empates.
"Nada mais justo do que eu ajudar meus companheiros da melhor maneira possível. Das outras vezes, eles estavam tapando os buracos e fazendo os gols", admitiu o jogador.
Além de contribuir com o fim da série atleticana, Diego Souza também tirou um peso das costas. Desde 6 de julho, no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, ele não marcava um gol. Foram 13 confrontos desde então.
"Coisas ruins não são para sempre. Você trabalha direito durante a semana, uma hora isso acontece. A gente perdeu um ídolo como o Valdivia, e o meu futebol está crescendo", disse o meia, assumindo o papel desempenhado anteriormente pelo chileno, que foi vendido.
Assim como acontecia com Valdivia, Diego Souza foi o homem mais acionado pelo Palmeiras. Recebeu 29 bolas, segundo o Datafolha.
Foi também o jogador do time que mais driblou (cinco), mais passou (17, junto com Martinez) e o segundo que mais finalizou -dois chutes, o que o deixou com 100% de aproveitamento. Alex Mineiro tentou três arremates.
A primeira finalização certeira veio aos 20min. Após cruzamento de Sandro Silva, que recebeu o terceiro amarelo ontem e não joga a próxima partida, Diego subiu no meio da defesa atleticana e cabeceou sem chance para o goleiro Galatto.
A segunda aconteceu quando o jogo estava empatado. E foi precedida de uma linda jogada. Após pedalar para cima de Alan Bahia, ele cortou para o pé esquerdo e bateu no canto.
O Atlético-PR, pressionado pela proximidade com a zona de rebaixamento, atacou o tempo todo. E por pouco não estragou a festa de Diego Souza.
Aos 30min da etapa inicial, Antonio Carlos cabeceou na trave esquerda de Marcos. Depois, contou com a colaboração da arbitragem em dois lances.
Ainda nos acréscimos do primeiro tempo, o Palmeiras puxou contra-ataque, e Jefferson recebeu em posição legal na cara do gol. O auxiliar Cesar Augusto Vaz ergueu erroneamente a bandeira e parou a jogada.
Já o lance que resultou no empate gerou protestos do goleiro Marcos, punido com o amarelo pela reclamação.
Fernando invadiu pela esquerda e cruzou para trás. A bola esbarrou no braço de Jumar, que vinha na corrida. Para o árbitro Sandro Ricci, pênalti, que Alan Bahia cobrou com paradinha para deixar tudo igual.
A vitória garantiu a permanência do Palmeiras na vice-liderança, com 43 pontos. O Grêmio, líder, tem cinco a mais.
Na quinta-feira, o clube paulista recebe o Sport, no Parque Antarctica. O Atlético-PR visita o Goiás um dia antes.


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