|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
sem retorno
Robinho é vendido ao Milan por
R$ 40 milhões, prejuízo de
R$ 60 milhões para o City
DE SÃO PAULO
É difícil saber se o atacante
Robinho, 26, foi pior em campo ou nas finanças para o
Manchester City.
O clube inglês anunciou
ontem, no último dia da janela de transferência internacionais, que acertou a venda
do brasileiro para o Milan.
Segundo a equipe italiana, o
jogador custou 18 milhões,
o equivalente, pelo câmbio
atual, a R$ 40 milhões.
Robinho deixa o futebol
inglês sem títulos conquistados, com a modesta média de
0,33 gol marcado por partida
-foram, de acordo com dados do próprio clube, 16 tentos em 48 jogos oficiais.
O prejuízo, até para um
clube endinheirado como o
Manchester City, foi imenso.
Há apenas dois anos, o
clube pagou, pelo câmbio da
época, R$ 101,3 milhões ao
Real Madrid pelo brasileiro.
Ou seja: foram mais de R$ 60
milhões jogados no lixo, ou
quase 40% do faturamento
em uma temporada toda dos
clubes brasileiros, como Corinthians e São Paulo.
Robinho chegou ao Manchester City com a fama de
até então ser o alvo da maior
negociação do futebol inglês.
Deixa o país, depois de ainda
passar seis meses emprestado ao Santos, valendo menos
do que jogadores de segunda
linha para os padrões da ainda rica Premier League.
O novo capitão da seleção
brasileira assinou contrato
de quatro anos com o Milan,
que se especializou em contratar grandes nomes brasileiros que já deixaram seus
melhores dias -antes de Robinho, o clube apostou em
Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho (só este último continua
na equipe italiana).
Segundo a diretoria milanista, Robinho, que terá agora a chance de jogar a Copa
dos Campeões, vai vestir a
camisa 70 no clube. Os números preferidos do jogador
já têm dono -a 7, com a qual
se consagrou no Santos, pertence ao compatriota Alexandre Pato, e a 11, que usou
com frequência na seleção
brasileira, ficou com o sueco
Ibrahimovic, outro recém-
-contratado pelo Milan.
"Robinho foi um presente
de Silvio Berlusconi para o
clube", afirmou Adriano Gal-liani, o homem forte do futebol do Milan, referindo-se ao
dono do clube e também primeiro-ministro italiano.
Texto Anterior: Experiência do Atlético-PR foi pouco rentável Próximo Texto: Frase Índice
|