São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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sem retorno

Robinho é vendido ao Milan por R$ 40 milhões, prejuízo de R$ 60 milhões para o City

DE SÃO PAULO

É difícil saber se o atacante Robinho, 26, foi pior em campo ou nas finanças para o Manchester City.
O clube inglês anunciou ontem, no último dia da janela de transferência internacionais, que acertou a venda do brasileiro para o Milan. Segundo a equipe italiana, o jogador custou 18 milhões, o equivalente, pelo câmbio atual, a R$ 40 milhões.
Robinho deixa o futebol inglês sem títulos conquistados, com a modesta média de 0,33 gol marcado por partida -foram, de acordo com dados do próprio clube, 16 tentos em 48 jogos oficiais.
O prejuízo, até para um clube endinheirado como o Manchester City, foi imenso.
Há apenas dois anos, o clube pagou, pelo câmbio da época, R$ 101,3 milhões ao Real Madrid pelo brasileiro. Ou seja: foram mais de R$ 60 milhões jogados no lixo, ou quase 40% do faturamento em uma temporada toda dos clubes brasileiros, como Corinthians e São Paulo.
Robinho chegou ao Manchester City com a fama de até então ser o alvo da maior negociação do futebol inglês. Deixa o país, depois de ainda passar seis meses emprestado ao Santos, valendo menos do que jogadores de segunda linha para os padrões da ainda rica Premier League.
O novo capitão da seleção brasileira assinou contrato de quatro anos com o Milan, que se especializou em contratar grandes nomes brasileiros que já deixaram seus melhores dias -antes de Robinho, o clube apostou em Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho (só este último continua na equipe italiana).
Segundo a diretoria milanista, Robinho, que terá agora a chance de jogar a Copa dos Campeões, vai vestir a camisa 70 no clube. Os números preferidos do jogador já têm dono -a 7, com a qual se consagrou no Santos, pertence ao compatriota Alexandre Pato, e a 11, que usou com frequência na seleção brasileira, ficou com o sueco Ibrahimovic, outro recém- -contratado pelo Milan.
"Robinho foi um presente de Silvio Berlusconi para o clube", afirmou Adriano Gal-liani, o homem forte do futebol do Milan, referindo-se ao dono do clube e também primeiro-ministro italiano.


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