São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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Experiência do Atlético-PR foi pouco rentável

DE SÃO PAULO

O Atlético-PR representa o principal caso de clube brasileiro que vendeu os direitos sobre o nome de seu estádio. Ofereceu atrativos e ganhou bem menos do que desejam os corintianos.
Em 2005, o clube paranaense vendeu por US$ 2,5 milhões (R$ 4,4 milhões) anuais a denominação de sua arena, o espaço nobre em sua camisa e camarotes à Kyocera, empresa de tecnologia de informação.
O mercado publicitário paranaense é bem menor do que o paulista.
"São Paulo tem um potencial muito forte, e o Corinthians tem uma torcida muito grande. Mas fazer um estádio e arrecadar R$ 100 milhões por ano [projeção do Corinthians] e pagar uma obra só com "naming rights" não é algo fácil de fazer. Mas depende da estratégia", declarou Mauro Holzman, ex-diretor de marketing do Atlético-PR.
Ele se referiu ao fato de o Corinthians prever renda superior a R$ 100 milhões por ano com sua arena.
Holzman contou que, quando negociou a renovação com a Kyocera, em 2008, pediu reajuste porque seu estádio poderia ser sede na Copa de 2014. Mas a empresa não topou. Até hoje não houve um substituto.
Segundo o dirigente, a parceria foi boa, mas o retorno da Kyocera foi dificultado porque a Globo não falava o nome da empresa.
"Para o nome do estádio pegar, o ideal é que ele seja lançado desde a pedra fundamental com um nome definido. Quanto mais demorar, mais difícil vai ser associar uma marca ao estádio", contou. (MF E RM)


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