|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Varejão estreia em garrafão agonizante
Após perder três jogos do Mundial por lesão, pivô hoje encara Eslovênia para ajudar o sobrecarregado Splitter
DO ENVIADO A ISTAMBUL
Um sinal de que Anderson
Varejão está em forma, pronto para jogar, é quando ele
vai para o treino com sua rebelde cabeleira amarrada.
Os treinos do argentino
Rubén Magnano são fechados, mas, ontem, pôde-se ver
pelo portão de entrada da
quadra do ginásio Abdi Ipekçi que o pivô estava com um
coque na cabeça e treinava ao lado dos titulares.
Hoje, às 15h30, ele finalmente estreia no Mundial de
basquete, contra a Eslovênia.
Segundo o médico do Brasil, Carlos Andreoli, Varejão
não está 100%, mas atuará
por 10, 15 minutos. "Ele não
sente dor para correr ou pular, mas quando gira sobre o
pé", explicou Andreoli. "É
um guerreiro, segue rigorosamente todas as orientações
para poder voltar", elogiou.
O Brasil precisa vencer os
eslovenos hoje e os croatas,
rivais de amanhã, no mesmo
horário, para ficar em segundo no Grupo B do Mundial.
Assim, enfrentaria o terceiro do A nas oitavas de final, um adversário mais fácil, teoricamente. Triunfo esloveno fará o Brasil lutar somente pelo terceiro posto.
Jogador brasileiro mais
elogiado pelos adversários,
Varejão não entrou em quadra nas vitórias sobre Irã e
Tunísia e na derrota por apenas dois pontos para os EUA.
Isso sobrecarregou Tiago
Splitter. "Se Anderson estivesse em quadra, seria uma
ajuda enorme, porque acabei
de me recuperar de uma lesão", declarou o pivô, contratado recentemente pelo San
Antonio Spurs, da NBA.
No início de agosto, Splitter sofreu um estiramento na
coxa esquerda e não jogou alguns amistosos. Mas se restabeleceu para o Mundial.
Mesmo com o atleta, o garrafão, que até uma semana
antes do Mundial era o local
de maior concentração de talento do Brasil, agoniza.
Contra Irã e Tunísia, o ala
Guilherme foi o titular como
ala-pivô e mostrou-se inconstante. No primeiro jogo,
foi o cestinha (17 pontos). No seguinte, fez só dois pontos.
Diante dos EUA, Magnano
surpreendeu e colocou Marquinhos, que também é ala,
mas atua com maior frequência dentro do garrafão.
Ofensivamente, deu resultado, já que Marquinhos
marcou 16 pontos. Mas, defensivamente, não conseguiu parar Kevin Durant, estrela norte-americana, responsável por quase a metade
dos pontos do rival (27 de 70).
Magnano pouco utilizou as opções que tem no banco.
Murilo jogou apenas quatro minutos, e JP Batista, seis.
A falta de opção fica clara
na análise dos tempos em
quadra. Splitter é o décimo
do Mundial com mais minutos, com média de 25 por jogo. O segundo brasileiro é JP
Batista, com 13.
(DANIEL BRITO)
NA TV
Brasil x Eslovênia
15h30 Bandsports, ESPN Brasil, Sportv e Sportv HD
Texto Anterior: Tênis: Novo "truque" de Federer agita o Aberto dos EUA Próximo Texto: Frase Índice
|