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Brigador, São Paulo empata e decola
Em jogo truncado contra o Atlético-PR, equipe de Muricy abre cinco pontos, a maior vantagem de um líder desde 2003
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante a semana, sobraram
provocações entre dirigentes
do Atlético-PR e do São Paulo,
por conta de disputas extracampo. A previsão são-paulina
era de uma guerra, com dificuldades para quebrar o tabu de
não vencer na Kyocera Arena.
Ao final do jogo adiado da 17ª
rodada, o empate sem gols
manteve o tabu de que a equipe
paulista não vence no estádio
do rival: foram seis derrotas e
dois empates. Mas o resultado
aumentou a vantagem do São
Paulo no Brasileiro -está cinco
pontos à frente do Grêmio.
Com dois terços do campeonatos concluídos, é a maior diferença de um líder para o segundo colocado desde que os
pontos corridos foram adotados no Nacional.
O jogo teve muitas faltas (50)
e erros, de passes e de conclusões. Mas não houve violência
(foram três cartões amarelos).
A equipe escolhida pelo técnico Muricy Ramalho atingiu o
seu objetivo: atuar com a mesma rapidez dos paranaenses.
Adepto de contra-ataques, o
Atlético-PR não conseguia escapar da marcação forte no
meio-campo são-paulino, que
tinha cinco homens pressionando, com a ajuda de Leandro.
No total, o time paulista conseguiu 166 desarmes, acima de
sua média no Brasileiro. A equipe também fez bem mais faltas
do que o time rival, 30 contra
20. E levou os três cartões amarelos dados pelo árbitro.
Assim, o Atlético-PR viu suas
chances de gol reduzidas a chutes de longe -no total, foram 11
finalizações. A sua oportunidade mais clara de abrir o placar
foi na primeira etapa, quando
Bosco soltou chute de Cristian.
Dênis Marques e Marcos Aurélio desperdiçaram dois rebotes.
Os são-paulinos apostavam
nas bolas altas para Edgar, mas
o atacante teve atuação apagada, sempre superado pelos zagueiros paranaenses.
"Temos que arriscar mais",
analisou o zagueiro Fabão, após
o final do primeiro tempo.
Não arriscaram. O São Paulo
até teve 15 conclusões a gol no
jogo. Só que a maioria foi executada de longe ou em cruzamentos sem precisão. Tanto
que foram só duas certas.
No lance mais perigoso, Danilo e Edgar, dentro da pequena
área, não alcançaram a bola que
saiu da esquerda.
A falta de competência para
atacar e o desgaste do jogo veloz levaram Muricy a fazer alterações que recuaram a equipe.
Ramalho, Lenílson e Thiago
entraram nos lugares de Souza,
Leandro e Edgar.
Do lado do Atlético-PR, entraram jogadores para dar mais
velocidade e fôlego ao time no
ataque. As mudanças aumentaram a pressão dos atleticanos,
que passaram a atacar quase
sem serem a ameaçados.
Isso gerou uma série de cruzamentos na área são-paulina,
principalmente em bolas paradas. A torcida atleticana voltou
a pressionar, como fizera no
início do jogo. Mas a zaga do time paulista esteve bem postada, tirando a maioria das bolas.
Só as bolas soltadas por Bosco e uma cabeçada de Paulo
Rink assustaram a torcida são-paulina antes do apito final.
"Tivemos uma chance e poderíamos ter ganho. Um ponto
aqui será importante no final",
festejou o meia Danilo.
O São Paulo volta a jogar pelo
Brasileiro contra o Vasco, na
quarta-feira, no Morumbi.
Colaborou a Agência Folha, em Curitiba
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