São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Brigador, São Paulo empata e decola

Em jogo truncado contra o Atlético-PR, equipe de Muricy abre cinco pontos, a maior vantagem de um líder desde 2003

DA REPORTAGEM LOCAL

Durante a semana, sobraram provocações entre dirigentes do Atlético-PR e do São Paulo, por conta de disputas extracampo. A previsão são-paulina era de uma guerra, com dificuldades para quebrar o tabu de não vencer na Kyocera Arena.
Ao final do jogo adiado da 17ª rodada, o empate sem gols manteve o tabu de que a equipe paulista não vence no estádio do rival: foram seis derrotas e dois empates. Mas o resultado aumentou a vantagem do São Paulo no Brasileiro -está cinco pontos à frente do Grêmio.
Com dois terços do campeonatos concluídos, é a maior diferença de um líder para o segundo colocado desde que os pontos corridos foram adotados no Nacional.
O jogo teve muitas faltas (50) e erros, de passes e de conclusões. Mas não houve violência (foram três cartões amarelos).
A equipe escolhida pelo técnico Muricy Ramalho atingiu o seu objetivo: atuar com a mesma rapidez dos paranaenses.
Adepto de contra-ataques, o Atlético-PR não conseguia escapar da marcação forte no meio-campo são-paulino, que tinha cinco homens pressionando, com a ajuda de Leandro.
No total, o time paulista conseguiu 166 desarmes, acima de sua média no Brasileiro. A equipe também fez bem mais faltas do que o time rival, 30 contra 20. E levou os três cartões amarelos dados pelo árbitro.
Assim, o Atlético-PR viu suas chances de gol reduzidas a chutes de longe -no total, foram 11 finalizações. A sua oportunidade mais clara de abrir o placar foi na primeira etapa, quando Bosco soltou chute de Cristian. Dênis Marques e Marcos Aurélio desperdiçaram dois rebotes.
Os são-paulinos apostavam nas bolas altas para Edgar, mas o atacante teve atuação apagada, sempre superado pelos zagueiros paranaenses.
"Temos que arriscar mais", analisou o zagueiro Fabão, após o final do primeiro tempo.
Não arriscaram. O São Paulo até teve 15 conclusões a gol no jogo. Só que a maioria foi executada de longe ou em cruzamentos sem precisão. Tanto que foram só duas certas.
No lance mais perigoso, Danilo e Edgar, dentro da pequena área, não alcançaram a bola que saiu da esquerda.
A falta de competência para atacar e o desgaste do jogo veloz levaram Muricy a fazer alterações que recuaram a equipe. Ramalho, Lenílson e Thiago entraram nos lugares de Souza, Leandro e Edgar.
Do lado do Atlético-PR, entraram jogadores para dar mais velocidade e fôlego ao time no ataque. As mudanças aumentaram a pressão dos atleticanos, que passaram a atacar quase sem serem a ameaçados.
Isso gerou uma série de cruzamentos na área são-paulina, principalmente em bolas paradas. A torcida atleticana voltou a pressionar, como fizera no início do jogo. Mas a zaga do time paulista esteve bem postada, tirando a maioria das bolas.
Só as bolas soltadas por Bosco e uma cabeçada de Paulo Rink assustaram a torcida são-paulina antes do apito final.
"Tivemos uma chance e poderíamos ter ganho. Um ponto aqui será importante no final", festejou o meia Danilo.
O São Paulo volta a jogar pelo Brasileiro contra o Vasco, na quarta-feira, no Morumbi.


Colaborou a Agência Folha, em Curitiba

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