São Paulo, quinta-feira, 01 de outubro de 2009

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Michelle Obama rouba a cena em dia do lobby

Apresentações das candidatas aos Jogos-2016 começam na próxima madrugada

Americana é recebida na Dinamarca com esquema exclusivo de segurança e encanta membros do COI, que escolhem sede amanhã

Matt Dunham/France Presse
A apresentadora Oprah Winfrey e a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, em Copenhague

RODRIGO MATTOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A COPENHAGUE

A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, parou o Movimento Olímpico para defender Chicago-16. Literalmente.
No hotel do COI (Comitê Olímpico Internacional), pôs jornalistas para fora, criou corredor de animadores e gerou esquema de segurança inédito. Foi o ápice do "dia do lobby" das candidaturas a sede da Olimpíada-2016 -Madri, Rio e Tóquio também concorrem.
Era meio da tarde em Copenhague, e integrantes do COI chegavam em massa ao hotel Marriott. O fluxo, porém, foi interrompido por seguranças. Os jornalistas tiveram de sair. Após passarem por revista de cães e detectores de metal, voltaram, mas em áreas restritas.
Ansiosos, membros do comitê, assessores e empregados fizeram um corredor. Funcionários limpavam as portas. Mas Michelle usou entrada lateral.
A primeira-dama cumprimentou a todos. E sabia quem eram. Por exemplo, parabenizou a representante de Aruba, Nicole Hoevertsz, pelo cargo obtido em seu comitê local.
"Estou animada. Temos muito trabalho a fazer. Não podemos dar nada por garantido. Vou falar com os votantes", disse Michelle. Não se sabe se conseguirá, mas impressionou.
"Há um marketing [sobre o casal Obama]. É um líder que fez uma transformação. Se veio, foi para mostrar que o país quer os Jogos", afirmou o canadense Richard Pound, do COI.
"É bom para o ego do comitê", admitiu Francisco Elizalde, das Filipinas. Ele, porém, não tem certeza sobre o efeito dos Obama na eleição de amanhã -as apresentações das cidades começam às 3h45 (de Brasília).
Na saída de Michelle, desmobilizou-se parte da segurança. "Isso será para todos os chefes de Estado", afirmou o diretor de segurança do COI, Peter Ryan -havia 50 policias envolvidos, além dos americanos.
Poucos depois, o rei espanhol, Juan Carlos, entrou pela porta principal, sem isolamento, com dois seguranças. Cumprimentou o ex-presidente da Fifa João Havelange. "É o rei, mas eu o chamo de você", disse o ex-cartola a um interlocutor.
O rei foi discreto, como a equipe de Madri. A presidente de candidatura, Mercedes Coghen, falava com membros do COI. Sorria e os abraçava.
Funcionários da Rio-16 ficavam alertas. Carlos Arthur Nuzman e Carlos Roberto Osório, principais nomes da candidatura, agiram ao chegar. "Deixe-me ir falar com meus clientes", disse Osório, que conversava com os votantes, um a um.
Tóquio fazia abordagens em massa. Assessores levavam membros do COI para falar com o governador Shintaro Ishihara. Trocavam poucas palavras e tiravam fotos.
E, a um quilômetro dos cartolas, uma loja já vendia camisas "Copenhague ama Obama".


Com agências internacionais

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