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Paulo Coelho corre atrás de "votos indiretos"
LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A COPENHAGUE
Uma cantoria em altos brados de ex-colegas de escola recebeu o escritor Paulo Coelho
perto da meia-noite de ontem
no espaçoso lobby do hotel
STK Petri, sede da delegação da
Rio-2016 em Copenhague.
O autor de "O Alquimista" é o
trunfo da campanha brasileira
numa frente inusitada: as mulheres dos eleitores do COI.
Hoje, ele almoçará com pelo
menos 70 delas no restaurante
do Nimb, o hotel em que está
hospedado o presidente Lula e
onde o menu mais barato com
vinho sai por mais de US$ 120.
Animado, Coelho disse que
mandou trazer livros em diversas línguas, incluindo árabe,
chinês e russo, para "sensibilizar" sua plateia sobre a "importância da Olimpíada no Brasil".
Mas, ao contrário de alguns
membros da campanha, ele
cortou o clima de já ganhou.
"Se falarmos que o ambiente
é favorável, na última hora, ao
cruzar a reta de chegada, vai haver um afrouxamento."
O escritor admitiu que, quando foi procurado pelo ministro
Orlando Silva Jr. (Esporte) em
2006 para aderir à Rio-2016,
achou a ideia "difícil". Mas a encampou ao ver paralelos de superação com sua vida.
Minimizando a cara campanha brasileira, Coelho disse
que o Brasil é o "Obama" desta
eleição, um azarão que triunfa.
"Campanha por campanha não
leva a nada. O que mostramos
foi uma grande capacidade de
dizer que a gente é capaz."
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