São Paulo, quinta-feira, 01 de outubro de 2009

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Lula chega ao fim de mais uma eleição

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Ao chegar ontem a Copenhague para o lobby pela Rio-2016, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preparava-se para encerrar mais uma campanha eleitoral.
Foi assim que ele encarou a corrida pela sede olímpica. A escolha será amanhã.
Está prevista a sua ida ao hotel do COI hoje para falar com membros da entidade. Ontem, ele e membros da campanha carioca jantaram com alguns dos eleitores.
Foi com eles que Lula se reuniu em abril para traçar uma estratégia. "Digam o que eu tenho que fazer", disse Lula na ocasião. O encontro, pouco antes de o comitê de avaliação do COI visitar o Rio, no mês seguinte, serviu para informar o presidente sobre o sistema eleitoral para a escolha da sede.
Quem esteve na reunião contou que ele ouviu calado e atento uma apresentação sobre como funcionava o colégio eleitoral do COI. Foi explicado, por exemplo, que não haverá chance de fazer acordos após o primeiro turno, porque a segunda rodada ocorrerá logo na sequência.
No início deste mês, Lula anunciou que tinha um acordo eleitoral prévio com o rei espanhol, Juan Carlos.
Lula também recebeu informações detalhadas de cada eleitor do COI quando tinha a oportunidade de encontrá-los em viagens pelo exterior. A troca de ligações e mensagens entre assessores do presidente e da candidatura carioca foi constante.
O diretor de marketing da Rio-2016, Leonardo Gryner, era um dos principais canais com a Presidência.
Não era à toa que Lula repetia informações como "os EUA já tiveram oito Olimpíadas [citando quatro Jogos de Inverno]" para defender a ida do evento para o Rio, em entrevista em Nova York.
Foram seis vezes que o presidente brasileiro ficou disponível para jornalistas estrangeiros para falar dos Jogos Olímpicos.
Assim como fazia em suas campanhas, Lula também provocava e brincava com rivais. Já fez piadas com os espanhóis e com o presidente dos EUA, Barack Obama.
"Não tem nenhuma rivalidade. Eu mesmo falei ao Obama para que ele viesse, porque ele me disse que a mulher dele viria. E eu falei: "É importante você ir, porque vamos eu e a Marisa'", disse Lula ao chegar a Copenhague, em declaração divulgada por assessoria.
A primeira-dama brasileira não viajou, segundo assessores da Presidência.
A forte presença de Lula se repete na parte financeira da campanha brasileira. A maior parte do orçamento da Rio-2016 será bancada por verba federal. (SR, RM E LC)


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