São Paulo, quinta-feira, 01 de novembro de 2007

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Roger, com golaço, deixa Corinthians no fundo do poço

Meia, acusado de corpo mole no Parque São Jorge, marca e mantém paulistas na zona de rebaixamento do Brasileiro

Flamengo 2
Corinthians 1

PAULO GALDIERI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Roger foi embora do Corinthians acusado de fazer corpo mole. Ontem, no Maracanã, em pelo menos um lance -justamente o capital-, ele não fez. Uma corrida de quase 30 metros, cravejada de dribles e coroada com um chute forte e certeiro sem nenhuma chance para Felipe salvar, fez do odiado ex-corintiano o herói rubro-negro na noite carioca.
Seu gol, obra completamente autoral, foi o responsável por fazer naufragar a reação corintiana que o elenco já começava a saborear. O triunfo do Flamengo colocou a equipe do Rio entre os quatro primeiros colocados e, mais que isso, evitou que o Corinthians deixasse a zona do rebaixamento, numa rodada em que o time paulista só dependia de suas forças para sair da incômoda situação.
Com a derrota do Goiás para o Vasco, o Corinthians saía das últimas colocações até com o empate, mas, graças a Roger, vai ficar pelo menos até o próximo domingo, quando enfrenta o Atlético-PR no Pacaembu.
Roger, no entanto, não se aproveitou do momento para tripudiar do clube com o qual ainda tem vínculo.
Comemorou o gol, sim, como qualquer "herói" de uma virada, mas nas declarações aliviou. "Não quero que eles passem por isso. Não desejo. É o time com quem ainda tenho contrato", disse o meia do Flamengo, que fez seu ex-time alcançar sua oitava rodada seguida na zona do rebaixamento.
Com 44 pontos, o Corinthians está na 17ª posição, com o mesmo número de pontos que o Goiás, o primeiro entre os que se salvam e que ontem perdeu de virada (3 a 2) em casa para o Vasco.
Até os 27min do primeiro tempo, o jogo seguiu sem grandes chances para ambos os times. Mas aí o Corinthians se valeu da arma que o fez virar contra o Figueirense: a combinação dos garotos com Finazzi.
Lulinha pegou a bola no bico da área, driblou o seu marcador e entrou na área. Descolou o cruzamento rasteiro, que levou a bola até Finazzi. O artilheiro quase passou dela, mas conseguiu finalizar e marcar seu 11º gol no Brasileiro.
O Corinthians teve ainda na primeira etapa de ampliar a vantagem, mas Dentinho, que ficou cara a cara com o goleiro Bruno, perdeu o gol.
Nos acréscimos, veio o castigo. Ibson empatou aos 46min e preparou o cenário para uma virada no segundo tempo.
O Corinthians se manteve com a postura de apostar nos contra-ataques, mas passou a sofrer muito mais pressão do time da casa. Só não sucumbiu logo nos primeiros minutos, quando o Flamengo chegou pelo menos duas vezes em boas condições de fazer o segundo gol, graças às defesas de Felipe -rotina corintiana nesta luta contra a degola no Brasileiro.
Ele só não foi capaz de parar Roger, que marcou o seu golaço aos 31min da etapa final.
O Corinthians ainda tentou um novo empate, que a esta altura do campeonato e àquela da partida seria ótimo. Bruno Octávio quase estragou a festa flamenguista, mas da marca do pênalti ele desperdiçou o arremate e mandou a bola para fora.
A noite era mesmo de Roger, que, para o azar da torcida alvinegra e explosão geral dos mais de 60 mil flamenguistas, justamente ontem estava com a camisa rubro-negra.
Nos minutos finais, o goleiro Bruno se contundiu. Mas os corintianos não demonstravam força. O time abusava dos lançamentos, quase sempre sem direção, para Finazzi. Mesmo assim, uma chance surgiu, ou melhor, duas, nos acréscimos.
Mas, quando a fase é ruim, a sorte se esconde. Em seus dois últimos arremates, os corintianos só não empataram porque as bolas desviaram em seus próprios jogadores.


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