DA REPORTAGEM LOCAL

Carlinhos Neves, preparador físico do São Paulo, teve motivos de sobra para comemorar ontem à noite.
Além de conquistar o segundo título do Brasileiro pelo time do Morumbi -também estava na conquista da taça do ano passado-, o homem responsável por colocar os atletas da equipe tricolor em forma vê seu elenco com melhor rendimento que os adversários nas etapas finais das partidas.
Prova do bom fôlego são-paulino é que 64,7% dos gols anotados pela equipe foram marcados no segundo tempo.
O Juventude, segunda melhor equipe nesse quesito, fez 62,9% de seus gols na segunda etapa (22 de 35 no total).
São 33 tentos nos minutos derradeiros dos jogos contra 18 sacramentados na primeira parte das disputas.
Isso com apenas 30 atletas do elenco utilizados no certame, o segundo menor da história do Brasileiro na era dos pontos corridos (desde 2003) -o elenco mais enxuto foi o do Goiás, na edição de 2004.
"Isso [rendimento no segundo tempo] é uma questão de planejamento. Aqui no São Paulo a gente sabe o momento de treinar e de recuperar o atleta", falou Carlinhos Neves.
"Além de nós estudarmos o calendário, também há uma grande integração entre departamento médico, fisiologia", complementou ele.
Carlinhos Neves, que já trabalhou no Palmeiras, onde também ganhou dois títulos do Brasileiro (1993 e 94), prefere não fazer comparações entre as duas equipes pelas quais obteve suas taças nacionais.
"São duas épocas muito distintas. No Palmeiras, a coisa era muito mais econômica, pois a Parmalat colocava dinheiro no clube e havia muitos jogadores de nível", disse.
"No São Paulo, a estrutura e o planejamento são diferentes. O clube prefere a continuidade da comissão técnica e dos jogadores", completou Carlinhos Neves, que já trabalhou no clube com diversos treinadores: Paulo César Carpegiani, Levir Culpi, Rojas, Cuca, Leão e Paulo Autuori, além de, agora, Muricy Ramalho. (JT, MDA e RBU)


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