Na primeira metade do campeonato, brasileiro levou a melhor sobre o adversário inglês em poles

Hamilton tem conseguido mais sucesso que o piloto da Ferrari nos últimos treinos classificatórios, mas tempos de ontem animam anfitrião

Eduardo Knapp/Folha Imagem

Os brasileiros Felipe Massa, da Ferrari, e Rubens Barrichello, da Honda, se cumprimentam em seus carros após o treino livre da manhã de ontem, em Interlagos

FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Em casa, onde brilhou nos dois últimos anos e onde disputa amanhã o GP mais importante de sua vida, Felipe Massa busca hoje retomar caminho trilhado na primeira metade do campeonato. Um caminho que se perdeu. E que ajuda a explicar o atual retrato do Mundial.
Na primeira metade do campeonato, o brasileiro brilhou no confronto com Lewis Hamilton nos treinos classificatórios.
Nos nove GPs entre Austrália e Inglaterra, foram três poles e dois segundos lugares do brasileiro contra só duas poles do inglês. Na tabela, eles estavam empatados: 48 a 48 pontos.
Nas oito corridas desde então, a situação se inverteu. Foram cinco poles e dois segundos lugares de Hamilton contra duas poles e dois segundos de Massa. A classificação, hoje, aponta 94 a 87 para o inglês.
A última chance de ambos neste ano tem hora marcada. O treino oficial, que define o grid do GP Brasil, acontece às 14h.
Questionado pela Folha sobre o efeito das posições de grid na tabela do Mundial, Massa afirmou ontem que "esse tipo de explicação é muito difícil".
"Tem a ver um pouco, sim. Mas é claro que o maior motivo são as corridas em que a gente não marcou pontos. Não foi só por isso que as coisas mudaram. Vai ver que eles melhoraram o carro deles também." No ano passado, os dois pilotos terminaram empatados com seis poles cada um.
As perspectivas de Massa hoje são boas. Ontem, nas duas primeiras sessões de treinos livres, ficou à frente do rival. Na primeira, foi o mais veloz, com 1min12s305, 0s190 melhor que Hamilton, o segundo. Na seguinte, cravou o segundo tempo, 1min12s353, 0s474 melhor que o inglês, só o nono -o melhor foi Fernando Alonso, da Renault, com 1min12s296.
"Nosso carro estava muito bom. Logo de cara a gente estava rápido, constante. O trabalho foi muito bom, o carro respondeu bem às mudanças que a gente fez. Foi um dia super positivo", disse Massa. "Começar forte como a gente começou e vê-los com um pouco de dificuldade é sempre bom. Tomara que continue assim."
Hamilton seguiu a mesma linha. "Meu carro estava muito bom desde o começo dos treinos e continuo bastante confiante", afirmou o piloto, que pela segunda vez no ano trouxe a namorada, a cantora norte-americana Nicole Scherzinger, das Pussycat Dolls, a um GP.
"Na parte da tarde nos concentramos em simulações de corrida e não em fazer o melhor tempo. Acho que o importante é mantermos o foco, como fizemos em toda a temporada. Apesar de saber que será uma corrida dura, encaro como qualquer outra", completou.
Para Massa, a corrida não pode ser uma qualquer. Com sete pontos a menos que o inglês, boa colocação é fundamental para conquistar o título, amanhã, 15h: tem de vencer ou ser segundo e torcer para que o rival chegue no máximo em sexto ou oitavo, respectivamente.

Colaborou PAULO COBOS, da Reportagem Local

NA TV - Treino de classificação do GP Brasil
Globo, ao vivo, às 14h

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