São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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Interlagos já sofre para abrigar times

F-1
Com mais equipes, paddock ficará mais apertado no GP Brasil


Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Pintura antiderrapante no circuito paulista

FERNANDO ITOKAZU
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO

O que já era ruim antes vai ficar ainda pior neste ano.
Eterna reclamação do pessoal da F-1, o apertado paddock de Interlagos vai ficar ainda mais cheio durante o próximo final de semana, quando acontece o GP Brasil, penúltima etapa do Mundial.
Isto porque desde o início desta temporada, a categoria aumentou de dez para 12 o número de equipes que disputam o campeonato -deveriam ser 13, mas a USF1, sem dinheiro, desistiu da vaga.
Sem ter sofrido reforma ou adequação para abrigar dois times a mais, o circuito paulistano vai se virar como dá.
"Os pneus, que ocupavam dois ou três boxes até o ano passado, agora vão ter que ficar na parte de trás, no paddock, já que temos que abrigar essas duas novas equipes", explicou Carlos Montagner, diretor da prova.
"Nosso paddock já é complicado, a parte de trás de nossos boxes é complicada. Depois de Mônaco, talvez o nosso seja mesmo o mais apertado", completou.
Em Mônaco, porém, além da grande reforma feita no local há alguns anos para dar mais conforto às equipes na área dos boxes, o paddock tem espaço suficiente para abrigar os gigantescos motorhomes dos times -com exceção à "Energy Station", da Red Bull, que fica numa balsa ancorada no porto.
Em São Paulo, além de as garagens serem pequenas se comparadas com os demais circuitos, os times precisam trabalhar em instalações provisórias e apertadas.
Para este ano, a assessoria do GP Brasil disse que só houve uma redistribuição de espaço feita pela FOM (Formula One Management), sem a necessidade de obras.
"Sem dúvida, a falta de infraestrutura é o principal problema de Interlagos. Toda a área que fica à disposição dos times, como refeitório, escritórios, é muito apertada", disse Lucas di Grassi, da Virgin, uma das equipes que irá sofrer mais em São Paulo, pois ficará na parte mais estreita do paddock -o final.
Nos circuitos novos, como Cingapura, Bahrein, China e Coreia, os escritórios dos times são amplos e modernos e, muitas vezes, até sobra espaço, pois, fora da Europa, as equipes levam menos gente.
Em Suzuka, no Japão, o paddock também sofreu grande reforma há dois anos e hoje, apesar de a estrutura ser provisória, a área para as equipes é bem confortável.
"Já se falou várias vezes em derrubar toda a parte de trás dos boxes e nivelar tudo para fazer um paddock maior, mas a gente ouve falar e não acontece", disse Montagner. "É preciso um pedido da FIA para a Prefeitura de São Paulo, que, com o departamento de engenharia do promotor, discute a possibilidade de fazer a ampliação."
Segundo ele, há projeto para nivelar boxes e pista, o que exige grande reforma.


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