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Interlagos já sofre para abrigar times
F-1
Com mais equipes, paddock ficará mais apertado no GP Brasil
Moacyr Lopes Junior/Folhapress
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Pintura antiderrapante no circuito paulista
FERNANDO ITOKAZU
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO
O que já era ruim antes vai
ficar ainda pior neste ano.
Eterna reclamação do pessoal da F-1, o apertado paddock de Interlagos vai ficar
ainda mais cheio durante o
próximo final de semana,
quando acontece o GP Brasil,
penúltima etapa do Mundial.
Isto porque desde o início
desta temporada, a categoria
aumentou de dez para 12 o
número de equipes que disputam o campeonato -deveriam ser 13, mas a USF1, sem
dinheiro, desistiu da vaga.
Sem ter sofrido reforma ou
adequação para abrigar dois
times a mais, o circuito paulistano vai se virar como dá.
"Os pneus, que ocupavam
dois ou três boxes até o ano
passado, agora vão ter que ficar na parte de trás, no paddock, já que temos que abrigar essas duas novas equipes", explicou Carlos Montagner, diretor da prova.
"Nosso paddock já é complicado, a parte de trás de
nossos boxes é complicada.
Depois de Mônaco, talvez o
nosso seja mesmo o mais
apertado", completou.
Em Mônaco, porém, além
da grande reforma feita no local há alguns anos para dar
mais conforto às equipes na
área dos boxes, o paddock
tem espaço suficiente para
abrigar os gigantescos motorhomes dos times -com
exceção à "Energy Station",
da Red Bull, que fica numa
balsa ancorada no porto.
Em São Paulo, além de as
garagens serem pequenas
se comparadas com os demais circuitos, os times precisam trabalhar em instalações provisórias e apertadas.
Para este ano, a assessoria
do GP Brasil disse que só
houve uma redistribuição de
espaço feita pela FOM (Formula One Management),
sem a necessidade de obras.
"Sem dúvida, a falta de infraestrutura é o principal problema de Interlagos. Toda a
área que fica à disposição
dos times, como refeitório,
escritórios, é muito apertada", disse Lucas di Grassi, da
Virgin, uma das equipes que
irá sofrer mais em São Paulo,
pois ficará na parte mais estreita do paddock -o final.
Nos circuitos novos, como
Cingapura, Bahrein, China e
Coreia, os escritórios dos times são amplos e modernos
e, muitas vezes, até sobra espaço, pois, fora da Europa, as
equipes levam menos gente.
Em Suzuka, no Japão, o
paddock também sofreu
grande reforma há dois anos
e hoje, apesar de a estrutura
ser provisória, a área para as
equipes é bem confortável.
"Já se falou várias vezes
em derrubar toda a parte de
trás dos boxes e nivelar tudo
para fazer um paddock
maior, mas a gente ouve falar
e não acontece", disse Montagner. "É preciso um pedido
da FIA para a Prefeitura de
São Paulo, que, com o departamento de engenharia do
promotor, discute a possibilidade de fazer a ampliação."
Segundo ele, há projeto
para nivelar boxes e pista, o
que exige grande reforma.
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