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VÔLEI
De novo, o calendário
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Ano olímpico, o bom seria
que o Campeonato Nacional
terminasse mais cedo para a seleção ter um período maior de treinos. Mas aqui no Brasil essa lógica não está funcionando.
O motivo são as tabelas das Superligas. O torneio feminino vai
terminar no início de maio, e o
masculino, no fim de abril.
Vale dar uma olhadinha nas tabelas. São dez times no feminino e
dez no masculino. Daria para fazer rodadas com cinco jogos. Como pelo regulamento todas as
equipes se enfrentam, seriam nove rodadas no turno e mais nove
no returno. No total, 18 rodadas.
Mas, acredite se quiser, o torneio
tem 22 rodadas.
O coordenador de competições
nacionais da Confederação Brasileira de Vôlei, Renato D'Ávila,
elaborou a tabela deixando sempre duas equipes de folga. Ou seja,
cada rodada só tem quatro jogos.
Por exemplo, Osasco e Pinheiros
jogaram no sábado e só vão voltar a atuar no próximo dia 11.
No geral, a lógica da tabela é a
seguinte: cada time joga três rodadas seguidas e depois folga
duas. Por causa do Carnaval,
Macaé e Campos vão ficar quase
um mês parados. Jogam no dia 19
de fevereiro e depois só em 11 de
março. As outras equipes voltam
a atuar no dia 3 de março.
A única rodada que tem cinco
jogos, tanto no masculino como
no feminino, é a última. Resultado: o campeonato ficou com 22
rodadas, 11 em cada turno.
Com o mesmo sistema de disputa, poderia ter quatro rodadas a
menos e terminar no meio de
abril, mesmo com decisão em cinco jogos nas semifinais e final.
Se não fosse ano olímpico, essas
tabelas da Superliga já seriam
questionáveis, já que não é bom
para nenhuma equipe ficar tantos dias parada durante uma
competição. Mas você sabe: este
ano acontecem os Jogos Olímpicos de Atenas e a questão então fica mais séria.
O certo é que faltou planejamento para a Confederação Brasileira de Vôlei. O calendário deveria conciliar melhor as datas
das competições de clubes com as
da seleção. Mas ainda dá tempo
de repensar essas tabelas da Superliga. No masculino e no feminino, só foram disputadas duas
rodadas do returno.
Caso contrário, os jogadores da
seleção não terão descanso: praticamente, vão emendar a Superliga com os treinos para Atenas.
E os desgastes físicos e psicológicos podem derrubar uma equipe.
E não dá para esquecer que o Brasil tem time para lutar pelo ouro
olímpico nos torneios masculino e
no feminino.
Com a possibilidade de os treinos só começarem em meados de
maio, a comissão técnica da seleção feminina, por exemplo, já foi
obrigada a mudar alguns planos.
O time não irá mais disputar a
Volley Masters (antiga BCV), na
Suíça, em junho.
Antes de Atenas, a seleção só vai
jogar o Grand Prix, que será uma
maratona: começa no dia 7 de julho e vai até o fim do mês. Serão
três semanas na Ásia e uma na
Itália. A estréia em Atenas será
dia 14 de agosto.
Agora resta esperar e torcer para que alguma mudança seja feita no calendário nacional.
Italiano 1
O Modena, do brasileiro Dante e do russo Iakovlev, perdeu mais
uma no Campeonato Italiano. Dessa vez foi para o Latina, do atacante Gustavo, por 3 sets a 1 (26/28, 25/20, 25/21 e 25/21). São 11 derrotas,
em 17 jogos, e a terceira pior campanha do torneio. O técnico Angelo
Lorenzetti já caiu. Na última rodada, quem comandou o time já foi o
novo treinador, Maurizio Menarini.
Italiano 2
O Alto Adige, do brasileiro Marcelo Negrão, ganhou do Valentia, do
atacante Axé, por 3 sets a 0 (25/14, 26/24 e 25/18) no Italiano da Série
A-2. Foi a 11ª vitória do time de Negrão, que está em quarto lugar na
classificação geral. O Valentia é o vice-líder com 16 vitórias e 3 derrotas. O Verona é o líder invicto. Venceu os 19 jogos que disputou.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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