O Rio, de Bernardinho, terá uma semana decisiva para manter o status de equipe imbatível nas Superligas

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

A RESISTÊNCIA do último invicto da Superliga feminina e da masculina será testada nesta semana. O Rio, do técnico Bernardinho e o único time que ainda não perdeu, terá dois grandes jogos fora de casa: quinta-feira contra o Pinheiros, o campeão paulista, e sábado contra o Osasco, o maior rival.
Não será nada fácil para o Rio. Na penúltima rodada, o time já sofreu com o saque curto e o show de Tandara, oposta do Brusque. Só não perdeu o jogo porque o adversário errou demais no quarto e no quinto set.
Também não dá para esquecer que o Rio tem Fabiana, uma central completa que rouba a cena. Bola para ela é como um ataque de segurança. Contra o Brusque, ela recebeu 28 bolas e pôs 17 no chão. Fez seis pontos de bloqueio. Foi a maior pontuadora da equipe, com 23 pontos.
Essa vitória sofrida sobre um rival bem mais frágil deixou o Rio longe do drama dos favoritos da Superliga masculina, atormentados por derrotas surpreendentes. É o caso do Sesi, que perdeu para Náutico e Araçatuba. Ou do Pinheiros, que sentiu o poder dos meninos de Araçatuba.
No feminino, a lógica não desandou, mas o torneio já tem a sua primeira grande zebra. Na penúltima rodada, coube ao Sport, décimo colocado, bater o então invicto Osasco, de Natália, a mão mais pesada da Superliga. É com essa derrota na garganta que o Osasco vai pegar o Rio. Já o Sesi, dos atacantes Murilo e Sidão, está em situação pior. O time, campeão paulista, perdeu o quarto jogo seguido. No clássico da crise, ante o Pinheiros, levou a pior. Como falou o técnico Giovane, "faltou tranquilidade para decidir". Mas perdendo é difícil ter tranquilidade.
Já no Pinheiros, dá pena do técnico Cebola. Ele não consegue ter o time completo. Rodrigão e Gustavo se revezam: ora lesões, ora viroses. O líbero Alan esta fora por contusões.
Roca jogou no sábado com o olho direito quase fechado devido a uma conjuntivite. O bom para o time é que Giba, depois de 40 dias sem jogar, voltou a atuar sábado, contra o Sesi. O Pinheiros está precisando dele: o time já tem quatro derrotas em 15 jogos e ocupa o sexto lugar.

O TIMÃO 1
O Trentino, dos brasileiros Rapha e Leandro Vissotto, é hoje o grande time do vôlei mundial. Nesta temporada, já conquistou o título do Mundial de Clubes e, agora, foi campeão da Copa da Itália. A equipe é a líder do Italiano e luta pelo bi na Liga dos Campeões da Europa.

O TIMÃO 2
O Trentino é quase uma seleção mundial: o levantador Rapha e o oposto Vissotto têm passagens pela seleção brasileira e devem ser convocados novamente. Os ponteiros são muitos bons: o búlgaro Kaziyski e o cubano Juantorena. Os centrais são da seleção italiana: Sala e Birarelli.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: São Paulo vende André Dias e reduz opções atrás
Próximo Texto: José Roberto Torero: As voltas dos filhos pródigos
Índice