São Paulo, quinta-feira, 02 de março de 2006 |
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FUTEBOL Sem ser brilhante, time bate o Caracas na Venezuela e assume ponta do grupo por ter feito mais gols que o Chivas São Paulo abre Libertadores com vitória
DA REPORTAGEM LOCAL Atual campeão, o São Paulo deu ontem uma mostra da sua força ao estrear com vitória na campanha pelo tetra da Libertadores. Mesmo longe de ser brilhante, o time do Morumbi derrotou o Caracas por 2 a 1, fora, e alcançou a liderança do Grupo 1. Os são-paulinos têm o mesmo número de pontos que o Chivas, do México, que também venceu na estréia -bateu o peruano Cienciano por 1 a 0-, mas leva vantagem no número de gols marcados. Nem as ausências do goleiro Rogério e do zagueiro Lugano, nas seleções de seus países, afetaram a equipe de Muricy Ramalho, que, com o triunfo de ontem, acumula agora uma invencibilidade de dez partidas -nove pelo Paulista-06. Além disso, a equipe do Morumbi manteve a invencibilidade brasileira na competição. Até aqui, na fase de grupos, nenhum time do Brasil voltou para casa amargando revés. O próximo jogo do São Paulo no torneio será na quarta-feira que vem. Receberá o Cienciano. Mesmo em casa, o Caracas não quis saber de fazer uma pressão inicial no São Paulo, que procurou tocar a bola para tentar furar a retranca rival. Trabalhando a bola no meio e utilizando os flancos do campo, os são-paulinos tinham o domínio do jogo, mas não conseguiam ameaçar o gol de Toyo. Mais acionado do time e fazendo função de articulador na frente, Alex Dias foi o mais acionado -20 bolas- e contou com o apoio de Danilo para confundir a marcação do Caracas. Dentro do espírito pregado por Muricy, o São Paulo demonstrou ter mais disposição e foi para o intervalo com o dobro de faltas cometidas em relação aos donos da casa: 10 a 5. Mas foram nos chutes que o time do Morumbi deu sinal de vida. A equipe arriscou seis finalizações e teve 50% de aproveitamento, com três bolas no alvo. O Caracas estava mais preocupado em se defender do que em agredir o time brasileiro. O resultado disso: apenas dois chutes foram dados. Sentindo o temor dos venezuelanos, o São Paulo foi aumentando a pressão, e, depois de um bom chute de Souza, que Toyo mandou a escanteio, o placar finalmente acabou sendo inaugurado no estádio Brígido Iriarte. Ao seu estilo, Danilo apoiou pela esquerda, entrou na área e bateu rasteiro: 1 a 0, aos 36min. Com a vantagem, o São Paulo passou a tocar a bola ainda mais e chamou o Caracas para o seu campo. O baixo poderio ofensivo do time local tornou o jogo monótono, já que a equipe brasileira não queria se expor demais. Mas a inércia são-paulina na frente fez com que Muricy mexesse no time. A opção foi Thiago na vaga de Alex Dias. A alteração colocou o São Paulo de novo no jogo. Com mais mobilidade, voltou a ter as jogadas de penetração. Danilo e Mineiro perderam chances claras de gol em tentativas de meia distância. Apesar da reação da equipe, o técnico são-paulino estava à beira de um ataque de nervos. Sentindo a falta de comando dentro de campo com as ausências de Rogério e Lugano, o treinador tentava arrumar sua equipe aos gritos. Apesar da atuação desconcentrada de alguns atletas, foi num golpe de sorte que o São Paulo chegou ao segundo gol. Souza cobrou a falta, Aloísio cortou a trajetória da bola e enganou Toyo, aos 17min, num gol até parecido com o que Ronaldo marcou pela seleção contra a Rússia, no amistoso realizado em Moscou. O São Paulo administrou a vantagem e só sofreu a pressão após o juiz marcar um pênalti inexistente para o Caracas. Rey cobrou aos 37min e diminuiu para 2 a 1. A partir daí, o time do Morumbi ficou todo atrás, enquanto os venezuelanos viviam de cruzamentos na área. O final ficou tenso, com muitas faltas, mas os brasileiros souberam fazer o tempo passar e garantir a vitória. Texto Anterior: Futebol - José Roberto Torero: A hora das cinzas Próximo Texto: Com sorte, Aloísio põe fim a jejum Índice |
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