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Por recordista, técnico diz "não" à equipe olímpica norte-americana
DA ENVIADA A AUBURN
Trabalhar com a principal
equipe de natação do mundo é
uma proposta tentadora para
qualquer treinador. Mas Brett
Hawke disse não ao time dos
EUA. O australiano prefere ficar ao lado de Cesar Cielo. Até
quando o brasileiro quiser.
"Eles [EUA] me procuraram,
mas eu não quero. Quando comecei a trabalhar com Cesar,
meu acordo era ajudá-lo a ser
campeão olímpico. Agora ele
tem a medalha de ouro e é prioridade no meu trabalho à frente
de qualquer outro", diz o australiano, que começou a se dedicar à carreira de treinador
após o quinto lugar em Atenas-
-2004 -também era velocista.
"Se ele quiser nadar com outro, será sua decisão. Mas eu
decidi ficar com ele. Cesar é
meu atleta favorito", afirma.
Ter seu nadador preferido na
piscina, porém, não significa
mais passar todo o tempo que
gostaria com ele. Neste ano, o
treinador atravessa sua primeira temporada completa como
"head coach" (diretor) da equipe de natação da Universidade
de Auburn. Com funções administrativas a cumprir, o australiano não tem sido presença
constante na borda da piscina.
"Sinto falta da interação com
os atletas. Se tenho um sonho
em minha carreira, é trabalhar
apenas com profissionais, mas
não há programa no país que
pague para isso", afirma. "Se
Cesar fizer US$ 1 milhão e me
quiser como técnico exclusivo,
aí é outra historia", brinca ele.
Hawke pode não estar à beira
da piscina o tempo todo, mas a
relação com Cielo continua
próxima. De vez em quando, o
técnico aparece para visitas-
-surpresa na casa do atleta, joga
conversa fora, "rouba" comida
da geladeira e vai embora.
(ML)
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